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Terça-feira, 06 de agosto de 2024

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Itália investiga autenticidade de peça atribuída a Michelangelo

O Tribunal de Contas italiano iniciou uma investigação sobre um crucifixo atribuído ao artista renascentista Michelangelo Buonarroti que o Estado italiano comprou em dezembro.

O Tribunal de Contas italiano iniciou uma investigação sobre um crucifixo atribuído ao artista renascentista Michelangelo Buonarroti que o Estado italiano comprou em dezembro por 3,2 milhões de euros (cerca de R$ 8,8 milhões) e cuja autenticidade foi questionada por muitos especialistas.


O jornal italiano "La Repubblica" informou nesta sexta-feira que o promotor do Tribunal de Contas Pasquale Iannantuono afirmou que a intenção é esclarecer "toda a operação".

Para isso, foi aberto um processo e iniciada uma investigação a cargo do promotor do Tribunal de Contas da região de Lácio, Salvatore Sfregola.

A peça, um crucifixo de madeira de 41 centímetros de altura e que teria sido feito por volta de 1495, foi colocada à venda no ano passado por um antiquário da cidade de Turim, que primeiro ofereceu o objeto a uma instituição financeira de Florença, que não comprou o artefato.

Em 12 de dezembro, o Estado italiano pagou 3,2 milhões de euros pela peça, que chegou a ser apresentada ao papa Bento 16.

O objeto ficará exposto permanentemente no museu do Bargello, de Florença.

A autenticidade da obra, porém, é questionada por vários especialistas, como a professora Paola Barocchi, da Universidade de Pisa, uma das maiores autoridades na escultura de Michelangelo.

Ela afirma que se trata de "uma obra em série" que não pode ser atribuída ao gênio renascentista ou sequer a algum dos discípulos do artista.

Entre outras coisas, as proporções do Cristo, com uma cabeça excessivamente pequena em relação ao corpo e um tronco compacto demais, fizeram alguns dos estudiosos crer que não se trata de uma obra do renascentista.

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