A Polícia Civil concluiu as investigações do inquérito da morte do menino de quatro anos, que foi jogado da ponte no rio Cuiabá, e da avó dele, assassinada com golpes de faca e que teve o corpo carbonizado. O principal suspeito, Carlos Henrique, foi indiciado por duplo homicídio pelo delegado da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) José Antônio Sperândio. O processo foi encaminhado ao Fórum de Cuiabá na quarta-feira (14).

Carlos Henrique é ex-namorado da mãe da criança, Tassya Alves (24), e não teria aceitado o fim do relacionamento. O crime aconteceu no último domingo (11). Ao chegar na residência das vítimas, como não encontrou a jovem, ele acabou matando o filho dela, Ryan Alves, e a mãe dela, Admárcia Mônica. 

 Assassino de ex-sogra e enteado já é réu por violência contra ex-namorada
 Mulher está grávida de suspeito de matar sua mãe e filho; ela era o alvo
 Mulher está grávida de suspeito de matar sua mãe e filho; ela era o alvo

O filho de quatro anos de Tassya presenciou o assassinato da avó e foi jogado no Rio Cuiabá pelo suspeito. Carlos Henrique foi detido logo após o crime.

Vestido de super-homem, pai do menino participa de passeata

Familiares e amigos do menino Ryan Alves e da avó dele, Admárcia realizaram na tarde desta terça-feira (13) uma passeata no bairro Dom Aquino, onde os dois moravam, clamando por justiça.

Visivelmente emocionado, o pai da criança, Lauro Carvalho, foi vestido de super-herói em homenagem ao filho.

"Ele adorava brinquedo e super herói. Você viu a carinha dele no caixão, gente? Meu filho, papai te ama. É uma homenagem para você. É muita dor para fechar o caixão dele", contou Lauro Carvalho, ao chegar na passeata vestido de Super Homen e com um buquê de flores na mão.

A mãe do garoto e filha da mulher esfaqueada e carbonizada, que está grávida do suspeito e estava separada há pelo menos duas semanas, também participou da passeata. Ela estava acompanhada de seu pai, o repórter fotográfico Luiz Alves – ambos muito emocionados.

O pai de Ryan afirmou ainda que o principal objetivo da manifestação é não permitir que o crime caia no esquecimento. "Espero Justiça. A família [de Carlos] já esta tentando relaxar a pena dele e colocar em cela especial. Foi homem para matar uma criança e uma senhora e não é homem para ficar no convívio?".