O remanejamento feito às pressas pelo prefeito de Rondonópolis, Ananias Filho (PR) na área de saúde teria sido a causa da perda de mais de 10 mil doses de vacinas, conforme revelado pelo
Olhar Direto. Denúncia de uma agente de saúde revela que não foram quedas de energia o motivo da perda como defendeu a coordenadora de Saúde Coletiva do Município, Djanira Amaral.
Segundo Djanira, os pico de energia teriam causado danos na geladeira onde as vacina estavam armazenadas. No entanto, em entrevista ao
OD, a servidora de um posto de saúde - que preferiu não se identificar - desmentiu a afirmação. Conforme levantamento, o prejuízo com a falta de responsabilidade teria gerado aos cofres públicos cerca R$ 200 mil.
Secretaria perde mais de 10 mil vacinas devido a queda de luz
De acordo com ela, a perda de vacinas teria sido por incompetência de quem administra o pólo de armazenamento. Segundo a agente, o corte de cargos realizado pelo prefeito recentemente, ‘tirou muita gente’ da saúde, inclusive a responsável pelas vacinas. “Quem cuidava das vacinas trabalhava lá há seis anos. Tiraram ela e colocaram uma outra pessoa sem experiência, que não soube proceder”, disse.
A servidora explicou ainda que em um caso de falta de energia, as doses demorariam de três a quatro dias para ‘estragar’. “Não é assim: um pico de energia e se perdem as doses. Vai de uns três a quatro dias sem energia para que elas possam arruinar”, explicou.
Procurada pela reportagem, coordenadora de saúde coletiva não foi encontrada. Até o momento, ninguém, foi responsabilizado pelo dano.
Sem reposição
A reposição do desfalque, que chegou a ser garantido por Djanira Amaral, seria realizado até sexta-feira passada, mas hoje, uma semana após o prazo, os postos de saúde ainda registram a falta das doses.
Outro problema ocasionado pelos cortes do prefeito nos PSFs é a precariedade no atendimento - que foram intercalados, dia sim outro não. Durante a sessão da Câmara realizada na última quarta-feira, o vereador Reginaldo Santos (PPS) denunciou que servidores dos postos de saúde estão sendo remanejados para o Hospital Municipal Pronto Atendimento (PA) para suprir as exonerações.