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Domingo, 12 de maio de 2024

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Passeata

Gays e heterossexuais se unem em parada da diversidade sexual (fotos)

Foto: Victor Cabral

Público percorreu a principal avenida de Várzea Grande

Público percorreu a principal avenida de Várzea Grande

Até pouco tempo os homossexuais e heterossexuais não frequentavam os mesmos eventos, mas agora os dois grupos participam de passeatas, como aconteceu neste sábado (17) em Várzea Grande, onde foi realizada a primeira Parada Gay do município.


A chuva até ameaçou estragar o evento, mas os homens e mulheres presentes na passeata seguiram pela principal avenida da cidade, a Couto Magalhães. O tema escolhido pela organização foi: “Com educação se criam novos seres".

O símbolo maior do público LGBT em todo o mundo, o arco-íris, estava presente em diversas formas, como em guarda-chuvas e balões por exemplo. Ao lado do trio elétrico foi estirada uma bandeira, nada modesta.O público mais desinibido seguia o ritmo da música. Outros, em passos lentos, preferiram ficar só na caminhada.

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E foi seguindo o carro de som que os homossexuais e heterossexuais pediam por respeito. O organizador da primeira Parada da Diversidade de Várzea Grande, Adriano Guedes, disse que ainda há muitos crimes contra o público LGBT. “Nossa intenção é evitar um futuro homofóbico, porque ainda existe muita criminalidade voltada aos gays”.

O evento chamou a atenção até de quem estava trabalhando. As pessoas saiam das lojas para ver o ‘desfile’. Uma família inteira saiu de casa para ver a passeata. “Na verdade eu queria era estar lá, mas não sabia que ia ter. Só fiquei sabendo agora que vi”, disse Eliane Mendes, 27 anos, que estava acompanhada do filho de três anos, da mãe, sobrinhas e irmãos.

O trio elétrico, além de garantir o som, serviu de palco para os gogo boys. Eles foram assediados, os homens homossexuais e as mulheres lésbicas ou heterossexuais pediam para tirar fotos. Os dançarinos pareciam celebridades, já que muitos flashes foram direcionados a eles.

Gays e heterossexuais, do ponto de partida até o destino final, o ginásio de esportes Fiotão, andaram por cerca de uma hora e meia. Lá o público aproveitou para dançar e, é claro, paquerar.

Em certo momento, o organizador do evento perguntou se havia heterossexuais no evento. Sim, teve muita gente que levantou a mão. Uma dessas pessoas foi a Roberta Barbosa, de 26 anos. Ela mora em Sorriso (MT) e marcou presença na Parada Gay de Várzea Grande.

“Eu gosto de homem, mas adoro os gays. Não estamos mais no tempo das cavernas. A gente [os heterossexuais] precisa apoiar [o público LGBT]”, disse Roberta. Quem também esteve no evento para apoiar a causa, mas não é homossexual, foi a Elaine Santos, de 23 anos. “Não tenho nenhum preconceito. Vim só para apoiar o movimento”, comentou.

A madrinha da primeira Parada de Várzea Grande, Capucine Picicaroli, por exemplo, é heterossexual e acha que a sociedade ainda é careta quando o assunto é preconceito com as pessoas que são gays.

Os comerciantes e moradores da cidade, pelo menos na visão do organizador Adriano Guedes, não são preconceituosos. Ele diz que Várzea Grande por quatro anos participou da Parada Gay de Cuiabá, mas as pessoas pediam que houvesse uma passeata própria. “Os comerciantes e moradores sempre pediram”.
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