Olhar Direto

Domingo, 19 de maio de 2024

Notícias | Agronegócios

CNA e Abiec analisam processar Greenpeace

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) estudam processar a organização ambientalista Greenpeace por danos morais e materiais, em razão do relatório divulgado no início do mês que acusa os criadores de gado da Amazônia de serem os maiores responsáveis pelo desmatamento mundial. "Não vamos mais tolerar que esta ONG minta sobre o que o setor produtivo está fazendo no Brasil", afirmou a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (DEM-TO).


Ela foi uma das participantes do encontro que o PSDB realizou, ontem, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, para discutir a agricultura e o agronegócio no País. De acordo com o Greenpeace, os criadores de gado respondem por 1 em cada 8 hectares desmatados no mundo. "O Greenpeace vem com ataques falsos, mentirosos, alegações levianas, colocando em risco até a imagem do Brasil", rebateu o presidente da Abiec e diretor-geral da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Roberto Gianetti da Fonseca.

Ele acentuou que é um ambientalista de longa data. "Por isso fiquei indignado com o relatório que agride moralmente o País", afirmou. Segundo Fonseca, o industrial da carne tem procurado aumentar a produtividade sem necessariamente agredir a natureza, além de estudar a possibilidade de sacrificar mais animais passando de 3,5 anos para 2,5 anos a idade de abate. Atualmente são abatidos anualmente 40 milhões de cabeças para um rebanho de 200 milhões.

"O Greenpeace, em vez de conversar de maneira racional, mente de forma descarada", acusou. "O Brasil e o mundo precisam de alimentos, não podemos viver em um jardim botânico e morrer de fome." Fonseca destacou que, até poucos anos atrás, os governos incentivavam a pastagem na Amazônia, mas agora todos os pecuaristas foram transformados em vilões. "Topamos não desmatar mais, mas o que vamos fazer com quem já está lá?"

Segundo ele, a mentira do Greenpeace está no fato de os Estados amazônicos, com exceção de Mato Grosso, não terem habilitação para exportar carne para os Estados Unidos e países da União Europeia. "O que eles querem é inibir a exportação brasileira. Eles provavelmente servem a produtores de outros países. Há interesses comerciais por trás desse relatório", ressaltou. Fonseca também se manifestou "perplexo" por não ver nenhuma autoridade do governo reagir contra o "ataque do Greenpeace". "Nós temos que reagir", concluiu.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet