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Sábado, 18 de maio de 2024

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Anunciados com pompa, novos ônibus não têm ar-condicionado

Foto: Assessoria

Anunciados com pompa, novos ônibus não têm ar-condicionado
A Prefeitura municipal e a empresa Pantanal Transportes promoveram neste sábado (1º) um desfile dos 70 ônibus adquiridos para renovar a frota, dotados de tecnologia para emitir até 85% menos poluição, mas mesmo assim a notícia agradou aos usuários do transporte coletivo em Cuiabá, que disputa com Teresina-PI o título de capital mais quente do país: os carros, novinhos em folha, não têm aparelho de ar-condicionado, tampouco espaço para comportar cobradores.


Anunciados com orgulho pela administração municipal junto à empresa de transporte, os ônibus de fato representam uma renovação na frota (obrigatória de dois em dois anos), mas em nada devem servir para o usuário, que mal aplaudiu a "tecnologia verde" que promete menos poluição.

O cidadão que depende do sistema no dia-a-dia de fato só tem encontrado motivos para reclamar. Em meio à natural proliferação de carros (graças às políticas de incentivo à compra do veículo zero, como a redução do IPI), ao trânsito atravancado pelas obras da Copa, à falta de pontos de espera decentemente equipados e à desorganização do sistema (no qual mal se pode ter certeza de que o ônibus vai passar nos horários estabelecidos), o usuário é convidado a pagar R$ 2,70 ao motorista – o qual se atrapalha entre o volante e a cobrança da tarifa, devido à nova regra do sistema que extinguiu a figura do cobrador- para se espremer entre os demais e passar muito calor. E o verão se aproxima.

“Cuiabá quer ônibus com ar-condicionado, chega de frota renovada básica, a população está sofrendo com o calor... Cuiabá vai se mostrar para o cenário mundial como umas das cidades que vão sediar jogos para a Copa. Tá na hora de rever os contratos com as empresas de transporte coletivo”, diz trecho de comentário feito por um dos leitores indignados com a notícia publicada na manhã deste sábado (1º) sobre os novos ônibus desprovidos de refrigeração adquiridos com ajuda do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Custo operacional

Diretor da Pantanal Transportes, Luiz Cláudio Ferreira admite que os ônibus adquiridos não têm mesmo sistema de ar-condicionado. “É o programa que a empresa adotou para a substituição da frota mais antiga. É uma questão de custo operacional”, declarou o diretor.

Segundo ele, o valor de um ônibus equipado com o sistema tão vital para os cuiabanos no trânsito não pesaria tanto nos bolsos da empresa, e sim os custos para se manter um veículo deste tipo circulando – os quais, fatalmente, acabariam sendo repassados ao usuário no valor da tarifa.

Os 70 veículos foram adquiridos em agosto e só agora entregues para a empresa. Segundo Ferreira, eles substituirão veículos que também não tinha ar-condicionado. Sobre uma possibilidade de renovação de outra parte da frota por ônibus com ar-condicionado, Ferreira afirmou não ter ainda previsão de que isso aconteça. Atualmente, a Pantanal Transportes conta com 202 ônibus para atender ao sistema de transporte coletivo.
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