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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Santos vê prioridades ruírem e aposta em opções secundárias

O desejo era montar um elenco forte, com nomes de peso para dar suporte a Neymar e recriar uma geração vitoriosa no Santos, mas na prática a realidade é bem diferente. No mercado, o clube percebeu que a distância entre a intenção e a realização é grande. Nos bastidores, dirigentes demonstram pessimismo sobre a chegada de reforços renomados. Sem fechar com os atletas vistos como prioridades, o Peixe busca opções viáveis.


Exemplo claro disso é o caso do meia argentino Montillo, do Cruzeiro, visto como homem ideal para vestir a camisa 10. Após ver sua oferta recusada para trazer o jogador, um dirigente do Peixe já dá o negócio como encerrado. A alegação é de que a distância entre o valor exigido pela Raposa e o montante que o clube está disposto a investir é grande. Com aproximadamente R$ 20 milhões em caixa, fruto do superávit de 2012, o Santos não quer usar todo o dinheiro em um só atleta. Assim, o desejo de contratar o meia, também pretendido pelo São Paulo, é muito difiícil, como já era esperado.

Com isso, uma das opções viáveis é o meia-atacante Cícero, do Tricolor, empresariado por Eduardo Uram, com quem o Alvinegro tem feito negócios recentemente. Sem espaço, ele tem contrato até julho de 2013 e já demonstrou insatisfação com a reserva. Desta forma, a contratação seria financeiramente possível e ainda agrada ao técnico Muricy Ramalho. Assim como o centroavante Willian José, próximo de acertar com o Santos, o atleta só deve ter seu futuro definido após a final da Sul-Americana, contra o Tigre, da Argentina, na próxima quarta-feira, no Morumbi. Em função da expulsão de Luis Fabiano, um deles deve ser usado.

Na lateral esquerda, o panorama não é muito diferente. O primeiro nome da lista santista era o do chileno Eugenio Mena, da Universidad de Chile. Depois de evoluir na negociação, o clube reclama nos bastidores de uma mudança na pedida inicial dos chilenos, o que inviabilizou a transferência. Eron, do Atlético-GO, seria a opção, mas os números conversados também são altos. O próprio Muricy, inclusive, chegou a ironizar a situação, dizendo que os valores falados pelo agente do atleta eram compatíveis ao ex-lateral Roberto Carlos, da Seleção e Real Madrid.


Desta forma, Guilherme, do Figueirense, surge como opção viável economicamente, mas o Peixe avalia se tecnicamente a contratação é boa. O jogador foi oferecido e também é agenciado por Eduardo Uram, assim como o volante Renê Júnior, da Ponte Preta, próximo da Vila Belmiro.

Por fim, o sonho de repatriar Robinho, atacante do Milan, da Itália, também é visto sem tanta viabilidade, apesar das cobranças da torcida. Publicamente, os dirigentes do Santos sempre ressaltam a dificuldade econômica de trazer um jogador da Europa de volta. Os rossoneros querem aproximadamente 12 milhões de euros (R$ 32,3 milhões) para liberá-lo. Internamente, há dúvidas sobre se seria válido investir pesado em um atleta de 28 anos, com o qual o clube dificilmente teria retorno futuro.

Neste contexto complicado de mercado, o Peixe acaba de perder Eduardo Vassimon, um dos principais integrantes do Comitê de Gestão, que pediu renúncia do cargo nesta semana, alegando motivos pessoais. Na última reunião de quarta-feira, ele se despediu dos demais integrantes e ainda não há previsão de quem será seu substituto.
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