Com dificuldades financeiras para contratar jogadores, o Palmeiras tem pedido alternativas ao técnico Gilson Kleina para montar o elenco que vai disputar, entre outras competições, Taça Libertadores e Série B do Campeonato Brasileiro na próxima temporada. Um reforço barato e “efetivo” indicado pela comissão técnica foi o do atacante Alemão, de 23 anos, revelado pelo Santos e atualmente no Guaratinguetá. Emprestado pelo Vicenza-ITA ao clube do interior paulista, Alemão fez 14 gols na Série B deste ano e foi fundamental para livrar o time do rebaixamento.

Alemão é mais uma sugestão que partiu de observação de Kleina e seus auxiliares, assim como já havia ocorrido com o zagueiro Cléber, da Ponte Preta, e o atacante Edno, do Tigres-MEX, com quem o Palmeiras diz não negociar. O vice-presidente Roberto Frizzo, como em outras ocasiões, ofereceu resistência à contratação de Alemão. No entanto, ele desconversou.

- Estamos segundo aquilo que o nosso treinador quer. Estamos trabalhando em cima dos nomes pedidos por ele. Não tenho restrições às escolhas de nossa comissão técnica - disse Frizzo.
Estou esperando as definições, tem uns três ou quatro clubes da Série A que já demonstraram interesse. Jogar no Palmeiras também seria muito bom, mesmo na
Série B. "
Alemão

No entanto, Kleina considera que o jogador revelado pelo Santos é talentoso e pode dar frutos ao Palmeiras. O atacante foi o principal responsável pela recuperação do Guará na segunda divisão: seus 14 gols representam mais de 33% do total da equipe. Com posicionamento semelhante ao do artilheiro Barcos, Alemão seria reforço para compor o elenco.

Em contato com a reportagem, o jogador se mostrou feliz por ser lembrado pelo Verdão, mas avisou que outros clubes da Série A fizeram sondagens. No meio do ano, o Bahia quase conseguiu tirá-lo do Guaratinguetá, mas o clube do interior o segurou. Atualmente, Alemão passa férias no Guarujá e aguarda contato de seu empresário. O contrato de empréstimo vence dia 31 de dezembro.

- Estou esperando as definições, tem uns três ou quatro clubes da Série A que já demonstraram interesse. Jogar no Palmeiras também seria muito bom, mesmo na Série B. Quero definir tudo ainda neste mês – disse o atacante.

O contrato de Alemão com o Vicenza vai até julho de 2014, mas ele não quer retornar ao futebol italiano tão cedo. Primeiro, quer retomar o prestígio quando era promessa da base do Santos, ao lado do atacante Tiago Luís e de um certo Paulo Henrique Ganso – seu melhor amigo dos tempos de time júnior. Um imbróglio jurídico o fez deixar o clube em 2009, rumo à Udinese. Depois, atuou por Varese, Catanduvense e Guará, sempre por empréstimo do Vicenza.

Confira um bate-bola com Alemão:

Você se destacou pelo Guaratinguetá e está na mira de grandes equipes. Como estão essas negociações?
Estou de férias e ainda não passaram nada para mim, o que sei é que há três ou quatro clubes da Série A interessados no meu futebol, e o próprio Guaratinguetá está tentando comprar os direitos econômicos do Vicenza. Mas quero permanecer no Brasil.

Por que não pretende voltar para a Itália?
Estou em um processo de recomeço na minha carreira. Foi uma experiência interessante, mas aconteceu muito cedo. Se eu pudesse voltar atrás, não teria saído do Santos. Agora estou tentando recuperar. No Grêmio Catanduvense não deu muito certo, fizeram umas sacanagens comigo, mas no Guaratinguetá todo mundo trabalhou certinho e conseguimos manter o time na Série B.

Jogar a Série B pelo Palmeiras seria uma boa para sua carreira?
Acho que sim, até poderia ter mais espaço, estou em fase de recomeço e o clube também. Não teria problema algum em jogar pelo Palmeiras, poderia até me destacar mais do que se estivesse em outro clube. Agradeço por ter sido lembrado.

Até quando pretende anunciar seu futuro?
O mais rápido possível! No Palmeiras, por exemplo, soube que o Gilson Kleina pode antecipar a pré-temporada (a reapresentação, a princípio, está marcada para 3 de janeiro). Outros clubes também voltam em janeiro. Estou de férias, mas de olho no meu empresário (risos).

Sente saudades do Santos? Qual o melhor amigo que você deixou lá?
Sou mais ligado ao Ganso mesmo, que é meu “irmãozão” no futebol. Fico muito feliz em vê-lo jogando novamente. É meu melhor amigo dos tempos de base do Santos, ele chegou depois de mim, então tentei ajudá-lo no começo. Hoje nossas famílias têm contato, é uma amizade muito bonita.