Olhar Direto

Terça-feira, 06 de agosto de 2024

Notícias | Economia

Obama diz que ritmo da economia nos EUA é insatisfatório

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira não estar satisfeito com o ritmo da recuperação econômica no país, apesar de a queda no número de empregos ter desacelerado, e afirmou que ainda há muito a ser feito.


"Não estou satisfeito, temos mais trabalho a fazer", afirmou o presidente antes de se reunir com sua equipe econômica para analisar as fórmulas a serem seguidas para ajudara os EUA a sair da crise atual. Ele reconheceu que o país ainda está no centro de uma "recessão muito profunda" e alertou que levará uma quantidade "considerável" de tempo para sair da situação.

Entre as medidas que serão iniciadas imediatamente, segundo anunciou hoje Obama, está a aceleração de dez grandes projetos financiados com fundos do pacote de estímulo econômico no valor de US$ 787 bilhões, aprovado em fevereiro pelo Congresso. Esses projetos devem conservar ou criar 600 mil postos de trabalho --entre eles, 125 mil seriam criados como vagas temporárias para os meses do verão para os jovens do país.

A Casa Branca assinalou que impulsionará a concessão de novos serviços em centros de saúde de todo o país, o trabalho em 107 parques nacionais, as melhorias em 98 aeroportos, estradas e instalações médicas para veteranos de guerra. O governo planeja ainda iniciar 200 centros de tratamentos de água e resíduos em áreas rurais.

O presidente americano ressaltou que sua "maior preocupação" é que a destruição de postos de trabalho alimente um círculo vicioso que provoque uma queda adicional do consumo e mais desemprego.

Para impedir que esse cenário se torne realidade, Obama acredita ser necessário acelerar o ritmo da recuperação e apostar em um modelo que se traduza em crescimento e prosperidade a longo prazo.

Segundo Obama, o principal sintoma da recuperação não será a alta nas Bolsas, mas a melhora no nível de vida dos americanos. Por isso, disse que o "objetivo final" de sua gestão é conseguir que as famílias possam pagar as contas e as hipotecas e que os pequenos negócios possam voltar a crescer.

PIB

No mês passado, o governo americano revisou para cima seu cálculo do PIB (Produto Interno Bruto) relativo ao primeiro trimestre deste ano: em vez de uma retração de 6,1%, a nova estimativa aponta para uma queda de 5,7% entre o final de 2008 e o início deste ano. O dado ainda deve sofrer uma última revisão neste mês.

A contribuição positiva para o PIB veio do consumo, principalmente de bens duráveis. O Departamento de Comércio revelou que o consumo das famílias teve um crescimento de 1,5% no primeiro trimestre, em contraste com um decréscimo de 4,3% nos últimos três meses do ano passado.

Empregos

Na sexta-feira (5) o Departamento do Trabalho informou que a economia americana perdeu 345 mil empregos em maio, enquanto a taxa de desemprego chegou a 9,4% no mês passado (a maior desde agosto de 1983, quando chegou a 9,5%), contra 8,9% um mês antes. Em abril, o país perdeu 504 mil empregos (dado revisado; a leitura inicial indicava a perda de 539 mil empregos).

O resultado ficou muito abaixo do esperado pelos analistas --o banco JP Morgan Chase, por exemplo, previa uma perda de 530 mil postos de trabalho no país no mês passado.

O número de pessoas desempregadas no país aumentou em 787 mil em maio, para um total de 14,5 milhões. Desde o início da recessão nos EUA, em dezembro de 2007, o número de pessoas desempregadas no país aumentou em 7 milhões e a taxa de desemprego cresceu em 4,5 pontos percentuais, segundo dados do departamento.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet