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Terça-feira, 06 de agosto de 2024

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Cultura e Tradição

Mais de 17 mil pessoas assistiram à tradicional Cavalhada em Poconé

Todos os anos, na primeira semana de junho, a história medieval européia invade o interior de Mato Grosso, às margens do Pantanal. É a Cavalhada, espetáculo de história e cultura do século 12 que acontece nos dias atuais no município de Poconé (100 km de Cuiabá). O evento aconteceu no último domingo, 7, e reuniu um público de 17 mil pessoas no Clube Cidade Rosa.


A cavalhada é uma tradição que acontece há mais de 141 anos e é uma das mais expressivas manifestações culturais do Estado. Durante a festa, cavalos e cavaleiros ornamentados disputam a rainha, que fica sobre a guarda do festeiro. O total de cavaleiros participantes é de 24, sendo 12 do exército Mouro e 12 do exército Cristão, e mais um auxiliar para cada um, nomeado de “Pajem”.

A festa teve início às 8 horas, com a entrada do exército Mouro na cor vermelha, e do exército Cristão na cor azul, depois com a entrada da rainha e dos mantenedores (pessoas que mandam no exército). Em seguida entraram o embaixador, as bandeiras do Divino Espírito Santo e de São Benedito, que foram entregues aos festeiros Marilde Barros, rainha da festa de São Benedito, e Gonçalo de Magalhães, rei da festa de são Benedito.

O desfile dos exércitos mouro e cristão acontece com hinos para cada um deles. Todos os participantes aguardam o momento em que a rainha moura é roubada pelo exército Cristão e o castelo é incendiado. Logo após o castelo ser queimado, inicia-se então as competições. Este ano foram 37 competições, 22 na parte da manhã, e 15 na parte da tarde, entre mouros e cristãos, que no final sempre termina com a vitória dos cristãos.

Mas, neste ano, os festeiros fizeram algumas inovações, uma delas foi quanto ao resultado da Cavalhada, que foi definido de acordo com quem levasse mais vitórias nas provas. O exército dos Mouros foram os vitoriosos de 2009. No final, eles fizeram a rendição de uma bandeira branca no centro da arena, e foi declarada a paz entre os dois exércitos. O evento recebe o incentivo do Fundo Estadual de Cultura, da Secretaria de Estado de Cultura.

História

O espetáculo da Cavalhada chegou ao Estado em 1769 e se fixou em Poconé como um ato de louvor aos santos padroeiros. De 1956 a 1990 a Cavalhada ficou esquecida, porém voltou à cena em 1991.
O palco de torneios medievais acirrados em arenas da Espanha, França e Portugal, ganharam destaque no Brasil, por meio da tradição e cultura mato-grossense.

Cavaleiros e pajens com vestimentas e adereços riquíssimos posicionam-se nos seus cavalos que, com singular adorno, enfeitam-se de plumas, fitas e guizos. Em seguida adentram na arena travando lutas ao som do repique da "caixa", um peculiar instrumento de percussão, compassado ao trote dos cavalos e ao tilintar dos guizos.

A rainha moura, inicialmente, centraliza o ato com seu rapto praticado pelos cristãos, numa espécie de simulação do rapto de Helena de Tróia. Os grupos participantes são dois, sendo que cada um deles tem 12 integrantes.
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