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Terça-feira, 06 de agosto de 2024

Notícias | Economia

Paulo Bernardo vê espaço para queda de juros, mas defende atuação do BC

O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) disse nesta terça-feira (9) que o atual cenário econômico brasileiro favorece a redução da taxa de juros pelo Banco Central, mas que o órgão não cede a pressões. “Nós temos a inflação controlada a economia não está acelerada neste momento, portanto temos todas as condições de que o Banco Central continue diminuindo as taxas de juros”, afirmou.


Segundo o ministro, porém, o BC está imune a pressões. “A gente ficar pressionando, dizendo que pode ter essa ou aquela taxa, é só para alguns acertarem e outros errarem. O Banco Central não vai se deixar pressionar pele que alguns analistas podem falar. Eles vão adotar a medida certa. Como regra, o BC tem acertado [em suas decisões]”, declarou.

Bernardo disse que a taca real de juros (descontada a inflação) pode ficar abaixo de 4% ao fim do mandato do presidente Luiz Inácio lula da Silva. “Acho que nós temos condições de acabar o mandato do presidente Lula com uma taxa real de 4%, talvez até menos, com inflação controlada, com a economia crescendo, com uma boa situação fiscal do governo.”

O ministro participou nesta terça-feira de reunião com o presidente Lula e o ministro Guido Mantega para avaliar os números do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, que apresentou queda de 0,8% em relação ao trimestre anterior e de 1,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo Bernardo, o presidente quis saber como havia sido o desempenho de vários setores da indústria e do agronegócio e recebeu indicadores que mostravam uma recuperação do ritmo da economia já neste segundo trimestre. Para o ministro, o país deve fechar o ano com um crescimento de cerca de 1 ponto percentual em relação ao PIB de 2008.

Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, se disse "satisfeito" com o recuo de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano, contra os três últimos meses de 2008, resultado que foi anunciado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. "Foi melhor do que as projeções de queda de 2% a 3% que o mercado estava fazendo", disse ele.

Segundo Mantega, a queda do PIB aconteceu por conta do recuo nos investimentos da indústria de tranformação e quem sustentou o PIB foi o consumo das famílias e do governo. "Significa que foi o mercado interno que sustentou esse nível [de atividade]. Não deixou cair a atividade para níveis mais baixos", disse ele.

Mantega avaliou que o Ministério da Fazenda tem de continuar tomando medidas de estímulo para a economia, e que o Banco Central tem de continuar reduzindo a taxa básica de juros.
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