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Sábado, 20 de julho de 2024

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Estudo aponta que macaco se comunica melhor seguindo cadência

Cientistas das Universidades de Princeton e de Glasgow, no Reino Unido, e do Instituto de Cibernética Biológica Max Planck, na Alemanha, descobriram que, assim como os seres humanos, os macacos também conversam melhor...

Cientistas das Universidades de Princeton e de Glasgow, no Reino Unido, e do Instituto de Cibernética Biológica Max Planck, na Alemanha, descobriram que, assim como os seres humanos, os macacos também conversam melhor quando a comunicação segue uma cadência natural. O estudo foi publicado nesta segunda-feira (14) no periódico científico da Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos, a “PNAS".


A conclusão desse estudo apoia a teoria de que os movimentos da fala humana evoluíram das expressões faciais de ancestrais primatas.

A fala humana é melhor compreendida quando as sílabas são produzidas em um ritmo constante, entre 3 e 8 hertz de frequência (3 a 8 sílabas por segundo). Movimentos faciais ou labiais que interrompem este ritmo reduzem a inteligibilidade do discurso. Com base nesta premissa, os pesquisadores investigaram se os macacos - que se comunicam com movimentos rítmicos faciais, tais como o estalo labial – também estão em sintonia com uma cadência natural. Os autores realizaram testes com 11 macacos e determinaram quanto tempo eles gastaram olhando para cada um de dois avatares de macaco, gerados por computador e colocados lado a lado. Os avatares produziam estalos labiais em ritmo lento, natural e acelerado, com frequências de 3, 6 e 10 hertz, respectivamente.

Os resultados revelam que os animais passaram cerca de 30% mais tempo olhando para os avatares que estalavam os lábios em uma cadência natural, evidenciando uma preferência global pelo ritmo natural, em detrimento dos demais.
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Além disso, quase metade dos macacos respondeu aos avatares que gesticulavam na frequência de 6 hertz, produzindo seus próprios estalos. Este comportamento sugere a hipótese de que os processos perceptivos nos macacos são igualmente sintonizados com os sinais comunicativos de frequência natural, assim como ocorre com os seres humanos.

A descoberta também leva a crer que o estalo labial do macaco e os ritmos da fala humana podem compartilhar um mecanismo sensório-motor com uma origem evolutiva comum.

Estudos já haviam demonstrado que o estalo labial dos macacos possui mecanismos semelhantes ao da fala, no que diz respeito ao ritmo, trajetória desenvolvida e coordenação das estruturas do trato vocal.

No entanto, os cientistas desconheciam até então a existência de uma afinação perceptiva nos macacos para os gestos comunicativos em cadência natural. Com a pesquisa, ficou demonstrado que esses animais possuem tal percepção, o que assemelha ainda mais a comunicação dos macacos à fala humana.
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