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Segunda-feira, 22 de julho de 2024

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Cheio de vontade, Rafinha realiza sonho e estreia como titular da sub-20

Realizar um sonho de infância nem sempre é fácil. Aos 19, então, é para poucos. Rafinha Alcântara está tendo essa oportunidade. Ainda muito jovem, teve de fazer uma escolha pessoal, que mais ninguém poderia decidir por ele. Destaque da Espanha sub-19, ele largou a comodidade de jogar ao lado de amigos que conviveu durante toda a adolescência para defender a seleção brasileira sub-20. Reserva no início da campanha no Sul-Americano, ganhou a chance de começar como titular nesta quarta-feira à noite, às 21h (de Brasília), contra a Venezuela, no Estádio San Juan, na Argentina. O GLOBOESPORTE.COM acompanha o jogo em Tempo Real, e o SporTV transmite ao vivo.


Escolheu, talvez, o caminho mais difícil, ao contrário de seu irmão, Thiago Alcântara, campeão europeu pela Fúria e jogador do Barcelona. Vestir a mesma camisa com a qual o pai Mazinho conquistou a Copa do Mundo de 1994 influenciou, mas a opção teve de ser feita sozinho.

- Foi uma das poucas coisas da vida que a escolha foi somente minha. E tenho certeza que é isso que eu quero. Sempre tem a ajuda da família, mas nesse caso era uma escolha pessoal. Fui eu quem escolhi. Meu pai quer o melhor para a gente e não interferiu em nada. Foi a escolha certa. Uma coisa que fiz de coração. Quando as escolhas são feitas com o coração, não importa tanto se saem mal ou bem. O que importa é que para mim é o certo.

Rafinha disse que está realizando um sonho de infância.
Desde pequeno sempre sonhei em vestir a camisa da seleção brasileira"
Rafinha

- Desde pequeno, sempre sonhei vestir a camisa da seleção brasileira, e quando eu vi que existia a possibilidade, a agarrei e não soltei, mesmo eu sendo destaque da seleção espanhola, que tem um grupo muito bom. Meu sonho sempre foi a seleção brasileira e estou muito feliz de poder concretizá-lo.

Vontade chama a atenção

O desejo de representar a Seleção é antigo e fica ainda mais claro quando se vê a determinação de Rafinha nos treinos em San Juan. A vontade do meia do Barcelona é explícita e acabou sendo premiada. Nesta quarta-feira, o atleta, que começou a competição como reserva, terá sua primeira chance como titular com a amarelinha.

- Se tivesse que escolher uma palavra para essa minha estreia como titular, ela seria "inesquecível". Para mim, é um sonho de infância vestir essa camisa e ver esse sonho se realizando é maravilhoso.

A empolgação fica clara no discurso e nos olhos do jogador. Nem mesmo a má campanha da seleção, que fez apenas um ponto nos dois primeiros jogos do Sul-Americano sub-20, diminuem o entusiasmo com a estreia como titular.

- Como os resultados não foram positivos, queremos que o jogo aconteça logo para podermos dar a cara e mostrar o que á a seleção brasileira. Descansamos e queremos chegar voando contra a Venezuela.

Mal-estar na Espanha, respeito pela opção do irmão e orgulho de Mazinho

Na Espanha, a opção de Rafinha pelo Brasil não foi bem aceita. Tanto que o Barcelona dificultou ao máximo a liberação do atleta, que já havia sido convocado por Ney Franco, mas não pôde se apresentar à seleção.

- Eles ficaram meio chateados, o que é normal. Nenhum país gosta de perder jogadores. Mas o técnico me apoiou depois. Ele disse que, se essa era a minha escolha, que eu seguisse com a minha opção.

Sobre Thiago Alcântara, ele disse respeitar a opção do irmão de jogar pela Fúria e reconheceu também se sentir um pouco espanhol, apesar de ter escolhido defender as cores do Brasil.

- Ele sempre trabalhou na base da Espanha desde o sub-15, foi subindo, ganhando títulos e sempre indo muito bem. Ele pegou um grupo muito bom e tomou carinho pela Espanha. Eu também sempre me senti um pouco espanhol por morar na Espanha desde novo. Passamos boa parte da nossa vida lá. Foi uma opção dele, e eu o apoio. Respeito muito a escolha dele.

Já o pai Mazinho, mesmo não interferindo na escolha de Rafinha, está orgulhoso e feliz por ver o filho usando a mesma camisa com a qual foi campeão da Copa do Mundo de 1994.

- Meu pai não se intrometeu na escolha, mas ele é brasileiro. Então, para ele e toda a família é um orgulho eu estar representando o Brasil.
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