O promotor público Paulo Castilho, que cuida da questão da violência nos estádios em São Paulo, descartou nesta quarta-feira a possibilidade de as duas finais da Copa do Brasil, entre Internacional e Corinthians, contarem apenas com os torcedores do time mandante, após ter dito que faria essa proposta à CBF.

A primeira partida será no dia 17 de junho, no Pacaembu, e o jogo de volta está marcado para 1º de julho, no Beira-Rio, em Porto Alegre.

A ideia de Castilho era diminuir a chance de torcedores rivais se encontrarem nas cidades, como aconteceu na quarta-feira passada, quando Corinthians e Vasco se enfrentaram pelas semifinais do torneio. Uma briga entre membros das torcidas, na marginal Tietê, matou o corintiano Clayton Ferreira de Souza, 27.

"O histórico entre Inter e Corinthians é muito mais ameno do que [entre] Corinthians e Vasco. Além disso, o presidente do Corinthians [Andrés Sanchez] já se comunicou com o presidente do Inter [Vitorio Piffero] e o clima é de cordialidade", comentou Castilho em entrevista à rádio Gaúcha.

"Tanto que o Andrés já reservou ao lado dele, na área VIP do Pacaembu, acomodação para toda a diretoria do Internacional. Isso ajuda a criar um clima mais tranquilo para a final", afirmou o promotor.

"Adianto que nesse jogo [de ida, no Pacaembu] deveremos disponibilizar de 2 mil a 2,5 mil ingressos para a torcida do Inter. Os torcedores podem vir em paz torcer para o seu time que serão recepcionados da melhor maneira possível e com toda a segurança", disse Castilho.

Uma reunião na sede da Federação Paulista de Futebol entre os comandos das polícias de São Paulo e do Rio Grande do Sul, as direções dos dois clubes e promotores de Justiça dos dois Estados definirá o esquema de segurança para os jogos.