A novela Riquelme deverá ter um desfecho apenas na próxima semana, após a definição do novo presidente do Palmeiras. O atual mandatário, Arnaldo Tirone, e o diretor financeiro do clube, Antônio Henrique da Silva, retornaram no fim da manhã desta sexta-feira de Buenos Aires, onde negociaram com o atleta e seu empresário, Daniel Bolotnicoff. A negociação avançou, mas o martelo só poderá ser batido por quem vencer a disputa presidencial na próxima segunda-feira.

– Voltamos a São Paulo, e a negociação continua. Já superamos as etapas iniciais, e o atleta quer jogar no Palmeiras. Mas como a eleição é na segunda-feira, a situação ficará para os presidenciáveis. A ideia é deixar tudo encaminhado. Tanto Décio Perin quanto Paulo Nobre estão sabendo de cada passo que estamos tomando – afirmou o diretor financeiro do clube, Antônio Henrique da Silva.

Arnaldo Tirone, em entrevista à Rádio Transamérica, mostrou-se bastante otimista.

– Está 50 % fechado, mas não deve dar tempo de concluirmos até segunda-feira. O importante é que ele quer jogar no Palmeiras. Já falei com o Riquelme, que deseja jogar a Série B e levar o time de novo para a Série A – afirmou o dirigente.

A negociação com Riquelme segue sem o aval do Conselho de Orientação e Fiscalização do clube. O presidente do órgão, Alberto Strufaldi, disse inclusive que Tirone pode ser punido se fechar o acordo. Com dívidas estimadas em R$ 160 milhões, a ordem é evitar que os débitos aumentem ainda mais. Tirone ignorou a ameaça e ainda mandou um recado.

– O COF já pré-autorizou a contratação do Riquelme há 20 dias, e agora não adianta mudar de ideia. Até segunda-feira a caneta é minha – ressaltou o mandatário.

A proposta inicial pelo argentino é por vínculo de um ano. Seria pago um valor fixo de salário, outra pequena quantia por jogo disputado. Ao fim de 2013, caso o atleta tivesse disputado 70% das partidas, teria seu contrato renovado.