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Quarta-feira, 07 de agosto de 2024

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VELHA FORMA

Com corte nos juros, poucos fundos superam rentabilidade da poupança

Com a redução da taxa de juros básicos para 9,25% ao ano, grande parte dos fundos de investimentos passam a render menos do que a poupança, informa reportagem de Toni Sciarretta na Folha.

Com a redução da taxa de juros básicos para 9,25% ao ano, grande parte dos fundos de investimentos passam a render menos do que a poupança, informa reportagem de Toni Sciarretta na Folha. Em simulações feitas pela reportagem, só aplicações em DI com taxa de administração inferior a 1,25% têm rendimento maior que caderneta.


O problema é que quase nenhum dos grandes bancos trabalha no varejo tradicional com taxas de administração de menos de 1,5% para fundos DI. Taxas compatíveis são oferecidas para clientes de alta renda, para aplicações acima de R$ 50 mil.

Segundo pesquisa da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), os fundos DI com taxa de administração de 1,25% tinham rendimento líquido de 6,8% no ano, considerando uma alíquota de IR de 15% para saques acima de dois anos. No último dia 8, a poupança rendeu 6,95%.

É justamente para evitar um cenário de fuga de grandes investidores da poupança que o governo anunciou, em maio, a tributação de cadernetas com mais de R$ 50 mil. A cobrança, que deve valer a partir de 2010, ocorrerá quando a taxa Selic estiver abaixo de 10,50% ao ano.

Juros menores

Segundo a pesquisa Focus, realizada pelo BC com o mercado financeiro, a expectativa é de que os juros alcancem os 9% na próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 21 e 22 de julho.

A nova redução na taxa de juros, anunciada ontem, é a quarta seguida do Copom (Comitê de Política Monetária). Na primeira série de cortes, em janeiro deste ano, a queda foi de 13,75% para 12,75% (1 ponto). A taxa de 9,26% ao ano é a menor desde a criação do órgão, em junho de 1996.

Após o anúncio do Copom, os três maiores bancos do país anunciaram a redução dos juros de uma série de linhas de crédito, como resultado da queda da taxa básica de juros promovida pelo Banco Central.

O maior banco do país, o Itaú Unibanco, decidiu reduzir todas as taxas das linhas de crédito e cheque especial de pessoas físicas e jurídicas em 0,08 ponto percentual. O Banco do Brasil reduziu as taxas para o crédito de material de construção, crediário, cheque especial, cartão de crédito e créditos salário (consignado), automático, benefício e veículos. O Bradesco, por sua vez, decidiu reduzir taxas para consumidores e empresas.

Com a concorrência da poupança, bancos como Bradesco diminuíram também o valor inicial de aplicação para fundos com taxas de administração mais competitivas, que só eram oferecidos a grandes aplicadores.


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