A atitude da torcida do Palmeiras diante de Fabinho Capixaba na última segunda-feira desagradou o treinador Gilson Kleina. Além de repudiar a violência de alguns torcedores, que chegaram a agredir o lateral, o técnico ressalta que isso conturba ainda mais o ambiente no time de Palestra Itália. Em situação complicada após o rebaixamento do ano passado, a torcida vem pegando no pé de alguns atletas. Principalmente depois da derrota por 3 a 2 diante do Penapolense, domingo, no Pacaembu, pela terceira rodada do Campeonato Paulista.

– Temos de pedir calma. Esse tipo de atitude de violência não vai resolver. Não vamos jogar mais, podemos até jogar menos pela pressão - disse o treinador.

Além de reclamar da violência sofrida por Capixaba, Gilson Kleina também diz ser importante que toda a torcida apoie o clube. Na partida do último domingo, no Pacaembu, parte xingou os jogadores e vaiou a equipe, enquanto o restante do estádio tentou dar apoio e terminou o jogo, mesmo com derrota, cantando o hino do clube.

– Não queremos dividir a torcida e temos de pensar em Palmeiras e motivá-los. Pedimos o apoio de todos. Temos de pensar em prol do Palmeiras - ressaltou.

O Palmeiras disputou três partidas no Paulistão e experimentou todas as sensações. Ficou no 0 a 0 com o Bragantino na estreia, conseguiu uma vitória por 3 a 1 contra o Oeste e perdeu em casa para o Penapolense. Com quatro pontos, o Verdão ocupa apenas a oitava posição na tabela do Campeonato Paulista. Gilson Kleina sabe que uma série de vitórias faria com que a torcida, que hoje vaia, passe a dar o apoio.

– Precisamos reverter isso e fazer imperar um ambiente saudável. Estamos trabalhando desde manhã ate à tarde para dar alegria ao torcedor. Mas futebol não é receita de bolo. Ainda mais com grandes perdas, problemas. Mas o trabalho que vai solucionar tudo isso.

O Palmeiras pode começar a volta por cima já nesta quinta-feira. Às 19h30, no Pacaembu, o Verdão encara São Bernardo pela quarta rodada do estadual.