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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Protesto

Mulher teria servido de isca para atrair homem que foi morto brutalmente; fotos

Foto: Max Aguiar - OD

Mulher teria servido de isca para atrair homem que foi morto brutalmente; fotos
O crime que chocou Santo Antonio de Leverger no mês de janeiro, no qual um homem foi vítima de tortura, foi feito com a ajuda de uma mulher, que serviu de “isca” para atrair o rapaz. A vítima foi espancada, teve os dedos queimados por cigarro, levou chutes na cabeça, pauladas e por fim teve parte do corpo incendiado. O homem foi deixado ainda com vida na cena da agressão e chegou a ser hospitalizado, mas morreu cerca de 20 dias depois, na quinta-feira (21).


Espancado e queimado morre após 24 dias internado no PS de Cuiabá

Iara Fernanda. Somente assim foi identificada pelos moradores a mulher que teria levado José Maria de Lima Filho, 34, para um local de pouca luz e muita lama no bairro da Lage, em Leverger. Ela está presa desde o dia do crime.

De acordo com os familiares da vítima, Iara teria avistado José em um dos postos de combustíveis da cidade e o teria chamado para ir até sua casa que iria “arrumar” sua irmã para ele. Ao aceitar, José caiu na tocaia.

“Ela era conhecida de meu irmão, teria chamado ele oferecendo até a irmã dela pra ficar com ele, mas quando chegou no lugar, tinha mais gente lá e acabaram batendo em meu irmão. Isso é algo que nós jamais iremos esquecer”, afirmou Zenilda Aprecida de Lima.

Quando ambos estavam indo para a casa de Iara, outras pessoas apareceram no caminho. A rua é de difícil acesso, com pouca luz e muita lama. Ninguém passa no lugar no período da noite e, segundo Zenilda, ali era um atalho para a casa da mulher que estava com José. O local é próximo da fazenda experimental da UFMT.

Ninguém viu, nem ouviu nada. Mas os hematomas encontrados no corpo de José tinham sinais de espancamentos. Os acusados de terem cometido o crime, inclusive Iara, disseram que não sabem por que cometeram o brutal assassinato.

“Eles espancaram meu irmão e deixaram o corpo lá, como se fosse animal. Na na outra noite, meu irmão, ainda vivo, foi visto vivo, pelos mesmos que cometeram o espancamento e para acabar com o caso logo, compraram álcool e queimaram meu irmão. Isso é uma brutalidade”, disse Zenilda muito emocionada.

Os criminosos em depoimento para a Polícia não souberam explicar o porquê de ter feito tamanha brutalidade. “Eles foram frios, pois já tinha passado mais de 20 dias do crime. Apenas ficaram em silêncio e balançaram a cabeça dizendo que foi ‘caso de momento’”, comentou um dos policiais que acompanhou os depoimentos.

José foi encontrado na manhã seguinte por um homem conhecido como chinês, que segundo informações de amigos da família, está sendo ameaçado de morte todos os dias por um número desconhecido pelo celular. Chinês estava indo para o serviço quando ouviu um gemido no mato, avistou o corpo e foi chamar ajuda.

No momento do crime, cinco pessoas estavam no local e acompanharam o espancamento. Um dos suspeitos é menor de idade e está em liberdade, a Polícia Civil do município informou que o menor apenas viu o crime, mas nem tocou no corpo. Fato que foi confirmado pelos acusados durante depoimento.

“Queremos esse menor preso também. Ele viu nosso irmão caído e nem ligou para a polícia, nem avisou ninguém. Ele poderia ter salvado a vida de José, mas preferiu se calar, de qualquer maneira ele contribuiu para o crime. No dia do enterro de meu irmão ele tava olhando o corpo passar. Nós enterrando um inocente e o criminoso solto. Isso é revoltante”, chorando disse Zenilda.

O protesto

Os moradores de Santo Antonio de Leverger fizeram uma caminhada, que saiu da frente da prefeitura da cidade e foi até a sede da delegacia de Policia Civil que fica na saída para Barão de Melgaço para pedir justiça. A intenção dos familiares é que os acusados sejam julgados por juri popular.

Os gritos por justiça eram constantes. No rosto da população que vestiu roupa branca e pedia paz se viam lágrimas caindo e sede de vingança por um filho de sua terra que morreu de forma brutal. A mãe da vítima, dona Edenir de Melo Lima, 70, puxava a caminhada segura na mãos de seus outros filhos, Carlos e Manoel que não paravam de chorar, mas tinham que ser forte para ser o apoio da mãe.

A cidade está em choque com o que aconteceu. A cidade de 17 mil habitantes, com famílias que nasceram e cresceram, poucas vezes presenciaram casos desse nível. Após ser encontrado, José foi trazido imediatamente para o Pronto Socorro de Cuiabá, onde ficou em coma induzido por 24 dias e morreu na madrugada do dia 21 por falência múltiplas dos órgãos. José sofreu queimaduras de segunda grau em parte do corpo e estava bastante ferido.

Os acusados de ter cometido o crime estão presos. Os três homens na Penitenciaria Central do Estado e á mulher no Presídio Ana Maria do Couto May.
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