O advogado Marco Antonio Magalhães afirma ter presenciado policiais militares da Rotam, que prenderam cinco alunos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), agrediram os jovens dentro da sala onde o boletim de ocorrência estava sendo confeccionado. Naquele momento, os garotos estavam algemados e cercados por muitos policiais, sem a possibilidade de se defender.

Polícia Militar prende advogada da Adufmat e criminalista (atualizada)
Pelo menos seis alunos da UFMT são presos e mais de dez ficam feridos em confronto com a PM (Veja vídeo)

“Eles estavam batendo e empurrando os meninos a todo o momento. Mandavam eles calarem a boca e os xingavam”, disse o advogado. “E eu, como advogado criminalista, vejo esse mesmo policial da Rotam, que estava agora há pouco se vangloriando de ter feito tudo isso, agredindo o povo, pessoas sem nenhuma instrução”, complementou.

Marco Antonio também acabou detido no Cisc Planalto após ter tentado defender a colega de profissão, Ioni Ferreira, que queria entrar na sala dos policiais militares para acompanhar os alunos de perto, mas foi impedida e agredida verbalmente por um soldado da Rotam. O policial a deteve depois de bater a porta da sala na cara dela e acabar por quebrar a porta.

Segundo o policial, os dois advogados foram detidos por desacato a autoridade e lesão ao bem público por, supostamente, terem quebrado a porta da sala da Polícia Militar. “Aquele soldado ainda teve o disparate de dizer que a Ioni, uma mulher de um metro e sessenta de altura, tinha quebrado aquela porta”, contou Marco Antonio.