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Quarta-feira, 07 de agosto de 2024

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CASO RALF LEITE

Confirmado suborno para mudança de depoimento

O travesti de 17 anos, pego em flagrante com o vereador de Cuiabá Ralf Leite (PRTB), em fevereiro, confirmou hoje, juntamente com a mãe Maria de Liz Silva, que sofreu tentativa de suborno para mudar a versão do depoimento prestado na tarde de hoje à Comissão de Ética da Câmara de Vereadores. O garoto contou que sofreu pressões e duas garotas teriam oferecido à ele o valor de R$ 20 mil para não prestar o depoimento. Conforme o presidente da Comissão, vereador Everton Pop (PP), as garotas foram identificadas como “Joice” e “Babalu”. Porém, não confirmou que teria sido a mando de Ralf Leite.


A oitiva foi realizada atendendo a um pedido da própria defesa de Ralf, feita no dia 11 de março, a qual o vereador não compareceu. Também foram ouvidos nesta segunda-feira, os dois policiais militares Uanderley Benedito Costa e Fábio Gomes de Oliveira, responsáveis pela prisão de Ralf e o travesti, no dia seis de fevereiro, na região do Zero Quilômetro, em Várzea Grande.

Durante a audiência, realizada no Plenarinho da Câmara, eles confirmaram a versão já declarada na primeira oitiva feita pela Comissão, de que Ralf tentou suborná-los e os agrediu verbalmente. De acordo com o relator da Comissão, vereador Domingos Sávio (PMDB), no início do depoimento o menor tentou negar todo o fato. Entretanto, depois, revelou toda a história.

Nenhum representante do Ministério Público e nem membro do Conselho Tutelar compareceram na oitiva. Os depoimentos vão ser transcritos pela taquigrafia da Câmara e depois encaminhados para os membros da Comissão de Ética.

Dessa forma, a Comissão de Ética terá 15 dias para apresentar a defesa do processo, que poderá resultar no parecer pela cassação do mandato do vereador Ralf Leite, por quebra de decoro parlamentar.

Voto


Nos bastidores da Câmara é dado como certo que a comissão vai propor a cassação. A discussão agora é saber se a votação em Plenário será aberta ou fechada. Na questão do ex-presidente da Mesa Diretora, vereador Lutero Ponce (PMDB), acusado de causar um rombo de R$ 3 milhões durante a gestão, a votação foi aberta.

Como o processo contra Ralf Leite é por quebra de decoro parlamentar, não há no regimento interno da Câmara uma menção específica para a questão, já que a falta do Código de Ética na Casa de Leis, faz com que a Comissão tenha que recorrer a legislação federal.

O presidente da Mesa Diretora, Deucimar Silva ( PP ), está se cercando de todos os argumentos jurídicos possíveis para evitar novos embates e "brechas", atrasando ainda mais o desfecho da questão, seja ela qual for.
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