O prefeito Mauro Mendes (PSB) afirmou que nenhum erro será acobertado pela Prefeitura no caso da garota que morreu após passar por uma cirurgia de joelho no Pronto-Socorro de Cuiabá, na tarde de domingo (10). A garota, Alessandra Xavier Mathias, de 15 anos, sofreu uma parada cardíaca depois do procedimento para retirar água acumulada na articulação e outras reações adversas.

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“Nenhuma erro pode ser acobertado. Se houve alguma falha no procedimento ou dos funcionários, as medidas necessárias serão tomadas”, disse o prefeito, enquanto subia as escadas da Escola Superior de Contas de Mato Grosso, para participar de um seminário, na tarde desta quarta-feira (13). “Isso é um dever da Prefeitura e vamos cumprir rigorosamente”, completou, sobre uma administrativa do órgão.

A morte da adolescente ainda é um mistério e é dada como desconhecida na declaração de óbito. O Conselho Regional de Medicina (CRM) instaurou uma sindicância para apurar as circunstâncias da morte. Caso seja comprovada negligência médica, como acusa a família da vítima, será aberto um procedimento ético-profissional contra o responsável pela operação.

A sindicância do CRM deve ficar pronto em até 60 dias, mesmo prazo para a conclusão do laudo técnico do Instituto Médico Legal (IML). Além da parada cardíaca e um ataque de tosse, ela pode ter sofrido outras reações, cuja origem ainda é desconhecida.

De acordo com o pai de Alessandra, Altair Rodrigues Mathias, 43, a pressa do médico em fazer a cirurgia seria a principal causa da morte da filha. “Ele me disse que só ia atender e viajar. Depois que ele saiu ninguém mais atendeu minha filha, que começou a tossir muito até vomitar sangue, desmaiar e depois falecer. Foi trágico. Jamais vou esquecer esse momento”, disse.

A garota havia sofrido uma lesão no joelho na sexta-feira (8), quando caiu e se bateu em um desnível na escada de casa. Como a articulação dela começou a inchar muito, a família decidiu levá-la ao médico e descobriram que não existia nenhuma fratura, mas líquido em excesso.

“Do sábado à noite até a o domingo minha filha sentiu muita dor, então liguei para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e fomos ao PS. Ao chegar eles tiraram muita água do joelho dela, mas ainda tinha sobrado um pouco, então eles informaram que seria necessário fazer uma pequena cirurgia para limpar o ferimento. Levaram minha filha para a sala de cirurgia e depois de duas horas o médico saiu e disse que ela seria levada para o quarto, mas antes ele disse que só ia atende-la e em seguida ia viajar. Parecia que tava com pressa e má vontade”, enfatizou Altair.