Ocupação da Reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso completa uma semana e os estudantes ameaçam radicalizar. Eles não descartam a possibilidade do fechamento das duas guaritas do Campus. O impasse entra instituição e estudantes não tem sinalizado para um final, uma audiência pública foi realizada na tarde desta quinta-feira (14), em que foram convidados representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE), do movimento da casa dos estudantes e a reitora, Maria Lúcia Cavalli Neder, que não compareceu à reunião por estar em Brasília.

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A audiência foi solicitada pelo grupo que, desde o dia 07, ocupou o prédio da Reitoria. A intenção era esclarecer as reivindicações dos alunos que inclui uma solução para os alunos residentes na Casa do Estudante Universitário (CEU). Os alunos afirmam que com o fechamento das casas alugadas pela instituição, as vagas não seriam suficientes para atender a demanda.

De acordo com o membro do DCE Walter Aguiar Martins Junior, ainda não tem nada definido, mas caso a reitoria não esteja aberta para um diálogo os estudantes intensificar o movimento. “Pretendemos radicalizar mais para forçar um diálogo, porque ela [reitora] está se renegando a dialogar com os estudantes. Nós não temos nada definido ainda, mas cogitamos a possibilidade do fechamento das duas guaritas da UFMT”, afirmou.

Ainda segundo o estudante, depois da comissão ter entregado a pauta de reivindicação dos estudantes, a reitoria enviou uma resposta, porém, para eles, era um posicionamento que regredia a pauta de solicitação dos alunos, que incluía até mesmo a privatização do Restaurante Universitário (RU).

Após estudantes e instituição não entraram em um acordo, a discussão ultrapassou os muros do campus e desencadeou em uma ação violenta que resultou em vários feridos e seis presos.