As corretoras de câmbio trocaram o dólar comercial por R$ 1,964 nas operações finais desta quarta-feira. A taxa representa um decréscimo de 0,10% sobre a cotação de ontem. Na praça paulista, o dólar turismo foi vendido por R$ 2,110, em alta de 1,44%.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera em queda de 0,77%, aos 50.810 pontos (pelo índice Ibovespa). O giro financeiro é de R$ 6,2 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York tem leve baixa de 0,03%.
Analistas relataram um certo nervosismo do mercado antes da divulgação do plano de regulamentação do setor financeiro dos EUA. Antes do anúncio dos detalhes, o presidente Barack Obama prometia "uma transformação em escala não vista desde as reformas que se seguiram à Grande Depressão", o que muitos interpretavam como um endurecimento além do desejado nas regras para o setor.
O anúncio de Obama, no entanto, ajudou a dissipar uma parcela desse nervosismo e contribuiu para o recuo das taxas, que oscilaram hoje entre R$ 1,96 e R$ 2.
Profissionais das corretoras avaliam que a volatilidade deve dar o tom dos negócios nas próximas semanas, com a falta de um quadro mais definido sobre a evolução da economia americana, aliada à percepção de que o mercado já ultrapassou um período de "euforia" com o possível fim da recessão.
"O mercado ainda está muito volátil. Quando o dólar ameaçou cair abaixo de R$ 1,90, eu já achei que havia caído muito rápido. Acredito que o preço do dólar deve oscilar entre R$ 1,90 e R$ 2 por algum tempo", comenta Luiz Fernando Moreira, profissional da mesa de operações da corretora Dascam.
O Banco Central informou hoje que o fluxo cambial do país (que mede a entrada e saída de dólares) ficou positivo em US$ 661 milhões até o dia 12.
Com o resultado parcial de junho, o fluxo cambial está positivo no acumulado do ano em US$ 2,251 bilhões. No mesmo período do ano passado, estava positivo em US$ 15,7 bilhões.
O BC manteve a prática de comprar moeda no mercado à vista, promovendo um leilão entre 15h17 e 15h27. A autoridade monetária aceitou ofertas por R$ 1,9683 (taxa de corte).
Juros futuros
As taxas de juros projetadas no mercado futuro da BM&F voltaram a cair na jornada de hoje. a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) apontou que a inflação no município de São Paulo foi 0,19% na segunda quadrissemana de junho --30 dias até 15/06--, abaixo do 0,23% verificado na abertura do mês, pela leitura do IPC. A variação veio dentro do esperado por vários analistas.
No contrato que projeta as taxas para janeiro de 2010, a taxa prevista caiu de 8,91% ao ano para 8,89%; para janeiro de 2011, a taxa projetada cedeu de 9,92% para 9,91%.
