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Domingo, 21 de julho de 2024

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Cambistas vendem ingressos para PSG x Barcelona por até R$ 2,5 mil

A Avenida Champs-Élysées, a principal da capital francesa, foi o palco escolhido na manhã desta terça-feira para o mercado negro de ingressos para o jogo Paris Saint-Germain x Barcelona, às 15h45m (de Brasília). Com a demanda de ingressos por volta de 1 milhão de interessados para apenas 45 mil lugares no estádio Parque dos Príncipes, as entradas que custavam entre € 40 e € 220 euros (cerca de R$ 100 e R$ 550) estavam sendo oferecidas horas antes da partida por cambistas a mais de mil euros (cerca de R$ 2,5 mil). Naturalmente, os pontos preferidos para a venda foram as cercanias da loja oficial do time, na rua que atrai naturalmente os turistas na cidade.


A diretoria do PSG chegou a tentar uma ação contra os cambistas que agiram também pela internet. Mandou desativar os codigos de barras dos ingressos comprados no mercado negro eletrônico.

As vendas dos ingressos começaram no dia 15 de março, horas depois de o sorteio apontar o confronto entre PSG e Barcelona, mas tiveram de ser interrompidas pela grande demanda registrada. No dia seguinte, como alternativa, o clube disponibilizou algumas bilheterias para comercializar mais algumas entradas, mas novos problemas dificultaram a vida do torcedor. No dia 18, uma longa fila se formou em volta do Parque dos Príncipes pelas últimas entradas disponíveis.

Houve quem se deu conta do absurdo do aumento de preço nesta terça-feira e se recusou a pagar caro por uma entrada. Foi o caso do turista americano John Burns, de Nova Jersey. O estudante de 17 anos esperava levar a mãe e irmã ao Parque dos Príncipes, mas não vai conseguir.

- Queria muito assistir a esse jogo, mas, quando saímos de Nova Iorque, os ingressos já custavam cerca de US$ 400 (cerca de R$ 750). É muito caro - disse Burns, que veio com a família passar uma semana em Paris.

No entanto, o americano não saiu de mãos abanando da . Entrou na loja do PSG e levou uma camisa de Ibrahimovic, seu jogador preferido.

Venda de camisas a todo vapor

A loja de dois andares do PSG também atraiu quem estava mais interessado no comércio legalizado. Representante de uma das capitais mais visitadas do mundo (cerca de 15 milhões de turistas anualmente), o clube tem conseguido cada vez mais lucrar com viajantes que já dispensam um 'souvenir' da Cidade Luz por uma lembrança do time da moda na Europa.

Desde que a Qatar Sport Investment (QSI), de Nasser Al-Khelaïfi, adquiriu a equipe, em novembro de 2011, muita coisa mudou, principalmente na venda de camisas. Antes, a maior parte dos que compravam nas lojas era de torcedores do Paris Saint-Germain. Atualmente, os comerciantes estimam que metade seja de turistas.

Só em camisas de Beckham e Ibrahimovic, os jogadores mais conhecidos internacionalmente, o lucro é de cerca de € 60 mil por dia (R$ 180 mil) na loja da Champs-Élysées. A € 70 cada (cerca de R$ 170), são vendidas por volta de 500 por dia do inglês, e entre 300 e 400 do sueco. Os uniformes de Thiago Silva, Lavezzi, Pastore e Lucas são menos procurados. A euforia com o ex-são paulino, por sinal, foi diminuída após a chegada do astro britânico.

- A camisa do Lucas vendeu muito quando ele chegou. Nas primeiras duas semanas, foi um sucesso. Mas, com a contratação do Beckham, perdeu espaço - conta um dos vendedores da loja oficial.

Nas gôndolas, é possível encontrar todo tipo de souvenirs da cidade com uma pequena identificação do clube. Livros da história do clube e pequenas Torre Eiffel, com o símbolo do time, são um sucesso. No andar de cima, a loja dispõe de uma bilheteria, que, nesta terça-feira, no entanto, nada tinha para vender, para desalento dos turistas.

Enquanto isso, alguns torcedores parisienses dão de ombros e não veem tanta diferença assim para o período anterior à compra do PSG.

- Para os turistas, o PSG pode ser hoje mais atraente, mas, para nós que nascemos e vivemos nesta cidade, o nosso PSG sempre foi importante. O estádio sempre esteve lotado e as pessoas já compravam as camisas antes - conta Dominique, dona de uma das bancas de jornais na Champs-Élysées.

Para o torcedor Nicola Alfonsi, é normal ver um maior entusiasmo agora, mas o clube sempre recebeu o apoio dos parisienses, mesmo os que vinham de mais longe, como é o seu caso.

- Atualmente, moro na Córsega, mas sou sócio do clube há mais de 15 anos e assisto no estádio a cerca de 12 jogos por temporada - disse o torcedor de 30 anos, vestido com casaco e cachecol do clube.

Alfonsi paga € 1.500 por ano (cerca de R$ 3,7 mil) por uma cadeira no Parque dos Príncipes. A cada viagem da Córsega para Paris, gasta € 200 (R$ 450) pelo voo.

- O Raí foi o nosso melhor jogador de sempre, eliminou o Barcelona há 18 anos. Fantástico. Depois, também foi fenomenal o Ronaldinho. E agora o Thiago Silva é o melhor deste time. Os brasileiros são sempre bons. O Lucas também tem chance de fazer história aqui em Paris, tem muita qualidade - disse Alfonsi.

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