Uma aposentada de 98 anos foi dada como morta e teve o benefício do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) cortada há quatros meses. A Certidão de óbito foi expedida em Nossa Senhora de Livramento, cidade em que vive atualmente, e de acordo com o documento ela está “morta” desde o dia 28 de março de 1999.

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A família de dona Maria Jovina de Campos está surpresa com o que aconteceu. A certidão de óbito notifica a causa da suposta morte como desconhecida e o declarante no documento um homem chamado Manoel Pedro da Silva, uma pessoa que ninguém da família conhece.

“A nossa dificuldade é saber como isso aconteceu. Minha mãe está viva e bem viva. Eu já tentei mostrar e provar que minha ela está viva, mas ninguém do Governo acredita”, disse Alice de Campos, filha de dona Jovina.

A família chegou a fazer uma nova identidade para a idosa, mesmo assim cortaram o benefício dela em novembro de ano passado. “Era apenas um salário mínimo, mas já ajudava. Com esse dinheiro a gente comprava remédios e ajudava até em casa, mas agora acabou e a situação ficou ruim”, contou Alice.

Um advogado chegou a ser contatado, mas o valor da causa ficou muito acima do esperado. “Liguei para um advogado que chegou a dizer que ele queria 30% dos meses atrasados e os quatro primeiros meses da aposentadoria”, informou a filha da idosa.

Outro lado

A assessoria de imprensa do INSS Informou que o a aposentadoria foi cortada em novembro de 2012 por conta da apresentação da Certidão de Óbito que constava todos os dados da dona Jovina.

Diante da declaração da família da assegurada, novas documentações foram pedidas e como foi provada que ela não estava “morta” a aposentadoria será reativada com data retroativa a dezembro de 2012 e ao mesmo tempo vai abrir uma investigação para apurar as informações constatadas na Certidão de óbito.