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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Menino que sofre de autismo e epilepsia não fala há mais de três anos

Calcula-se que há cerca de 50 milhões de pessoas com epilepsia no mundo, o início dos casos ocorrem, na maioria das vezes, em crianças ou idosos.


Bobby Hughes tem seis anos, e desde que começou a sofrer convulsões aos três anos, tem estado em silêncio. O menino também é autista, e existem grandes possibilidades de que ele nunca mais volte a falar. Sua mãe, Cheryl, se comunica com ele através do reconhecimento de seus ruídos.

"Bobby podia dizer algumas palavras: mãe, pai, Woody do filme do Toy Story, e então ele desenvolveu epilepsia”, disse a mãe Cheryl Hughes, 42 anos. "Ele teve cerca de cinco ou seis convulsões e, em seguida, sua fala simplesmente desapareceu. Desde o acontecimento ele não fala. Pode ser o autismo ou um de seus ataques, nós simplesmente não sabemos”.

A mãe de Bobby afirma que pode se comunicar com ele, no entanto, ele não pode se comunicar com outras pessoas.

Ambas as condições que Bobby sofre pode afetar o desenvolvimento da fala. Pessoas com autismo podem ter grandes problemas com a voz e comunicação não verbal. Os problemas na fala incluem não falar por completo, proferindo grunhidos, gritos, sons agressivos ou cantarolando ou falando de uma forma musical. A pessoa também pode balbuciar a palavra como sons robóticos.

Segundo a pesquisa da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, os pesquisadores descobriram que a epilepsia é mais comum em crianças com dificuldades na fala e linguagem.

Há também a Síndrome de Landau-Kleffner (SLK) - é uma síndrome epiléptica relacionada com a idade da infância, que resulta em sérios transtornos de linguagem. Geralmente a condição começa antes da idade de seis anos e afeta duas vezes mais os meninos que as meninas.

As principais características são a perda da fala e linguagem com crises convulsivas. Existem nessa síndrome, alterações de comportamento que podem se confundir com o quadro de autismo, por exemplo, evitar contato com a família e os amigos, bater seguidas vezes com o talher na comida, muitos distúrbios no sono, ataques de raiva e agressão, insensibilidade à dor, brincadeiras bizarras ou inadequadas e repetitivas para a sua idade.

A Síndrome de Landau-Kleffner foi descrita pela primeira em 1957, pelo Doutor William Landau e o Doutor Frank Kleffner, que identificaram seis crianças com características incomuns. O nome da síndrome leva o sobrenome dos dois médicos.

Apesar dos sintomas da síndrome serem parecidos com o de Bobby, não se pode afirmar totalmente que ele é um portador.

Cheryl Hughes está ajudando o filho arrecadando dinheiro para comprar um iPad, que ajudará na comunicação com Bobby. Ela diz: "O iPad iria ajudá-lo a desenvolver, ajudá-lo a perder algumas das frustrações que ele tem e iria ajudá-lo a ser capaz de integrar-se no mundo exterior".
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