Os agentes penitenciários não entraram em acordo com o governo e seguem com a greve que completa uma semana nesta quinta-feira (11). Na terça-feira (09), a categoria compareceu a reunião interlocutória promovida pela Seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que tentou mediar um acordo para o fim da greve.
Agentes penitenciários ocupam a avenida Rubens de Mendonça no primeiro dia de greve
O secretário de Administração do Estado, Francisco Faiad, reiterou que o reajuste salarial reivindicado pela categoria só será atendido no final de maio. Segundo ele, prazo para está atrelado a uma necessidade anterior de uma definição sobre o reajuste geral de salários de todos os servidores públicos, em que a data-base ocorre no dia 1º de maio.
“Não temos a menor possibilidade de discutir uma nova tabela salarial sem antes definirmos o reajuste de todo o funcionalismo”, frisou Faiad.
Outro item reivindicado pelos agentes é quanto ao pagamento da insalubridade. O secretário declarou que a aplicação do benefício depende da alteração na legislação e afirmou que já tomou providencias para corrigir as distorções.
“Tão logo termine a greve, encaminharemos o projeto de correção a Assembléia Legislativa e, ao mesmo tempo, já teremos o levantamento das classificações de insalubridade”, prometeu.
A falta de efetivo para atender todas as unidades prisionais do estado também foi discutida. Faiad declarou que o governo do Estado irá convocar mais 300 agentes penitenciários do último concurso público, 2010, para atender a demanda.
A OAB busca o fim da greve, pois a ausência dos agentes os advogados tem suas prerrogativas violadas pela impossibilidade de exercer suas atividades.
Ao fim do encontro, nada ficou acordado e o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen-MT), João Batista, reafirmou que a greve continua e uma pauta de manifestação está sendo elaborada.