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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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ALTERNATIVA

Silval pensa no Senado em 2014, mas depende de conclusão de obras da Copa e equação da saúde

Foto: Secom - MT

Silval pensa no Senado em 2014, mas depende de conclusão de obras da Copa e equação da saúde
Tendo o comando do caixa público na execução do maior pacote investimentos da história de Mato Grosso, o governador Silval Barbosa (PMDB) deseja ser lembrado como empreendedor arrojado e, por isso, passou a melhor arquitetar sua pré-candidatura ao Senado. Antes de concluir a reforma do secretariado, em janeiro passado, quando alterou dez pastas, ele chegou a avaliar com profundidade a possível permanência à frente do Palácio Paiaguás até o final do mandato, em dezembro do ano que vem.


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No entanto, influenciado pelo grupo palaciano conhecido como ‘República de Matupá’, Barbosa está seriamente propenso a colocar seu nome no Senado. A ‘tropa de elite’ é comandada pelo próprio filho de Silval, médico Rodrigo Barbosa, pré-candidato a deputado estadual, e seu irmão Toninho Barbosa.

“O governador vai escolher a qual cargo pretende disputar. Mas lógico que possui qualificação e envergadura para enfrentar qualquer um”, desconversa o deputado federal Carlos Bezerra, presidente estadual do PMDB, fazendo-se desentendido, com a autoridade de quem possui quase cinco décadas na vida pública.

Silval confia em inaugurar as obras da Copa, a maioria do MT Integrado e, ainda, equacionar o problema da saúde, fonte de desgaste permanente do seu governo.

Entre os itens que pesam nessa decisão está a garantia do futuro político do grupo e, de certa forma, a ausência de adversários de peso. Diante da relutância do senador Jayme Campos (DEM) em tentar a reeleição, a cúpula do PMDB praticamente não enxerga adversários capazes de fazer frente a Barbosa.

Também têm peso na ‘República de Matupá’ a primeira-dama Roseli Barbosa, secretária de Trabalho e Assistência Social (Setas); o secretário Silvio Corrêa, chefe de Gabinete; e o secretário adjunto de Comunicação, radialista Haroldo de Souza, entre outros com menor poder influência no grupo.

A palavra final sempre é de Silval, mas é visível o crescimento cada vez maior da influência de Rodrigo Barbosa na ‘República de Matupá’, no governo e nos passos políticos do pai.

No comando do staff, Silval também formatou a composição de uma ‘tropa de choque’, sob responsabilidade dos secretários Pedro Nadaf, da Casa Civil; Francisco Faiad, da Administração; e Marcel de Cursi, da Fazenda. Eles são olhos e ouvidos do governador para fazer o governo funcionar, em especial na execução dos projetos do Estado, fiscalizando cada pasta e órgãos da administração indireta.

Apontados como homens de confiança do governador, Nadaf e Faiad são hábeis na checagem do cumprimento de algumas das ordens de Barbosa. E, também, que tais ordens sejam cobradas no mesmo tom, para não expor o chefe. “Interessante é que tratam isso como um assombro, mas não é novidade. No governo federal existe isso. No mundo inteiro existe isso, porque o comandante não é onipotente nem onipresente”, reage Nadaf, evitando a pecha de supersecretário.

É nesse cenário que Silval tem até mesmo o marketing de uma provável candidatura à senatoria já pensado. E, lógico: as obras do seu governo estarão na linha de frente.

“Viaduto do Despraiado... Foi Silval quem fez...!”
“Trincheira do Verdão... Foi Silval quem fez...!”
“VLT Cuiabá-Várzea Grande... Foi Silva quem fez...!”

Tudo está pronto para Silval disputar o Senado. Menos as obras que vão dar musculatura à mídia da campanha.

“Nosso governo tem feito investimentos com a certeza de cumprimento dos prazos, porque foi planejado corretamente. Mas, agora, além de fazer, vamos mostrar”, desmistifica o secretário Maurício Magalhães, titula da Secrtaria Extraordinária da Copa do Pantanal (Secopa), em recente entrevista cercado por deputados estaduais, no canteiro da Arena Pantanal – antigo Estádio Verdão.

A prioridade até o final do mandato de Silval será manter as contas fixas rigorosamente em dia, como luz e telefone, e os contratos, como aluguel de imóveis e de veículos. O governo do Estado passa por dificuldades de receita causadas pela desoneração das exportações, e pelo fato de que o Governo Federal não tem dado a contrapartida prometida.
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