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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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20 ANOS

Grávida morreu porque deixou o PS antes de ser liberada por médicos

Foto: Max Aguiar - OD

Grávida morreu porque deixou o PS antes de ser liberada por médicos
A primeira-dama e secretária de Saúde de Várzea Grande, Jaqueline Guimarães, após investigar o que tinha acontecido no último sábado no Pronto-Socorro da cidade, averiguou que a jovem Patrícia Alves, 20, teria saído da unidade hospitalar antes de receber a alta médica, o que descarta negligência por parte do município.


Grávida de 20 anos morre após ser atendida no Pronto-Socorro de Várzea Grande e ser liberada com hemorragia grave

Segundo a secretária, a mãe chegou ao Pronto-Socorro, foi medicada e saiu sem prestar esclarecimento aos médicos que tinham feito o primeiro atendimento. “Nós lemos o laudo da consulta e foi escrito no prontuário que ela foi atendida primeiramente às 08h20 e seria medicada novamente às 09h50, porém na volta do médico até o quarto em que ela estava a paciente já tinha saído”, contou a secretária Jaqueline.

A secretária de Saúde de Várzea Grande, que também é médica obstetra, explicou que em casos de mulheres que entram em trabalho de parto antes da semana que é projetada para nascer, é porque nem sempre passam por seções de pré-natais. “Muitas mulheres sofrem com casos parecidos e até morrem, como foi nesse caso. O Ministério da Saúde indica que pelo menos sete seções de acompanhamentos ao médico devem ser feitas no período de gestação. O que deve ter faltado a essa jovem que infelizmente morreu”.

Patrícia Alves procurou o Pronto-Socorro de Várzea Grande na manhã de sábado e no período da tarde foi atendida no Hospital Santa Helena, quando morreu por parada cardíaca após sofrer com descolamento de placenta, que é considerado um caso de extrema urgência.

“Quando se chega ao Pronto-Socorro ou em qualquer hospital com placenta descolada, temos que atender com máxima urgência, pois nesses casos trabalhamos para salvar a mãe, porque a criança, como aconteceu nesse caso, quase sempre já está morta. Quem sabe se ela continuasse sob os cuidados dos médicos daqui ela estaria viva, mas como está escrito no prontuário, ela saiu antes de ser averiguada pela segunda vez”, confirmou Jaqueline Guimarães.

Quanto às dores que a paciente chegou sentindo no Pronto-Socorro, a secretária de Saúde contou que é normal em mulheres gestantes. “Quem está em semanas próximas do parto sente dores. Na maioria das vezes, o médico que está acompanhando a paciente já indicou algum remédio para aliviar, porém nunca a dor passa 100%. Ela estava com dores porque estava muito perto da criança dela nascer. Foi dado o toque na mãe e ainda não estava na hora de nascer. Ela preferiu sair antes da alta médica e acabou morrendo horas depois”.

No Hospital Santa Helena, o diretor da unidade, Marcelo Sandrin, apenas lamentou o ocorrido. “Nós estamos super tristes com o que aconteceu. Foram duas vidas que se foram neste final de semana. Apenas lamentamos. Não vamos culpar ninguém. O que nós aqui do Santa Helena poderíamos fazer para salvar a vida dessa mulher nós fizemos”, afirmou Sandrin.

O Conselho Regional de Medicina também se pronunciou sobre o caso e disse que irá averiguar os trabalhos realizados pelos médicos que estavam de plantão. Por enquanto apenas se mobilizaram com a família pelo caso.

Patrícia morreu na tarde de sábado após sofrer uma parada cardíaca quando estava sendo atendida pelo caso de descolamento de placenta. O velório de mãe e filha aconteceram neste domingo na casa que a mulher morava junto com a mãe no bairro Capão Grande, em Várzea Grande.
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