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Domingo, 21 de julho de 2024

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Galo tenta fugir da escrita que elimina melhor de todos na Taça Libertadores

Dono da melhor campanha na fase de grupos da Taça Libertadores e do melhor ataque (16 gols), ao lado do Olimpia, do Paraguai. Estas são as credenciais do Atlético-MG nas oitavas de final da Taça Libertadores. Com 15 pontos, cinco vitórias em seis jogos, o time de Ronaldinho Gaúcho encantou e deixou empolgada a torcida atleticana, que há 13 anos não via o time na competição continental. Se tem razões de sobra para confiar em um bom desempenho do time alvinegro, um motivo em especial poderá deixar o atleticano "ressabiado", como se diz em Minas Gerais.


Desde 2005, uma sina acompanha os times de melhor campanha na primeira fase: nenhum conseguiu levantar a taça de campeão. Nesses últimos oito anos, sete diferentes equipes largaram na frente, mas, em diferentes fases, ficaram no meio do caminho. Times como Corinthians, Cruzeiro e Fluminese adiaram o sonho de ser o melhor das Américas.



Argentinos abrem a fila

A “maldição” dos primeiros colocados começou em 2005, com o River Plate. Naquele ano, nos seis primeiros jogos da fase de grupos, conseguiu cinco vitórias e um empate (16 pontos). Deixou a LDU para trás nas oitavas de final, e os conterrâneos do Banfield foram as vítimas nas quartas. Mas, nas semifinais, perdeu os dois jogos para o São Paulo, que sagrou-se campeão.

Em 2006, o Vélez Sarsfield viveu situação parecida. Na fase de grupos, teve a mesma campanha que o River no ano anterior, mas caiu nas quartas, diante dos mexicanos do Chivas, depois de eliminar o Newell's Old Boys nas oitavas.

Brasileiros dominam... E caem

Desde 2007, a sina atravessou fronteira. Saiu da Argentina e foi para o Brasil. E esta assombração já assustou cinco times: Santos, Fluminense, Grêmio, Corinthians e Cruzeiro. Quem abriu a fila foi o time da Baixada Santista, na época, comandado por Vanderlei Luxemburgo. O time da Vila Belmiro começou arrasador. Na fase de grupos, seis vitórias em seis jogos, com apenas um gol sofrido. Nas fases seguintes, passou pelo Caracas e América-MEX, mas, nas semifinais, caiu diante do Grêmio.

No ano seguinte, o Fluminense foi o "amaldiçoado". Com 13 pontos na fase de grupos, entrou na fase mata-mata derrotando Atlético Nacional-COL, São Paulo e Boca Juniors. Chegou à final, mas, de forma dramática, em um Maracanã lotado, perdeu nos pênaltis o título para a LDU.

Já em 2009, o "fantasma" desceu até o Rio Grande do Sul para atormentar o Grêmio. O Tricolor Gaúcho classificou-se com 16 pontos. Nas fases seguintes, derrotou o San Martín e o Caracas. Nas semifinais, caiu para o Cruzeiro. A Raposa, aliás, perdeu o título para o Estudiantes.

Atual campeão da Libertadores, o Corinthians também já enfrentou a sina do primeiro colocado. Em 2010, liderou o Grupo 1 do começo ao fim, com cinco vitórias e um empate. Mas, logo nas oitavas, foi eliminado pelo Flamengo.

Cuca: para exorcizar o passado

Ironicamente, o caso mais emblemático para o Atlético-MG é o do arquirrival Cruzeiro, em 2011. E por um motivo simples: Cuca era o treinador. Assim como acontece hoje com o Galo, o elenco cruzeirense era um dos mais badalados do país à época. Alguns, mais entusiasmados, cunharam até a expressão “Barcelona das Américas”.

O Cruzeiro também se classificou com 16 pontos, com cinco vitórias e um empate. Aplicou várias goleadas, inclusive contra o Estudiantes, algoz de 2009. Mas foi eliminado pelo Once Caldas-COL, nas oitavas de final.

Flu, assombrado mais uma vez

A temporada passada serviu para mostrar ao Fluminense que terminar em primeiro, definitivamente, é uma situação não tão vantajosa assim. Com 15 pontos, campanha semelhante à do Galo, passou pelo Internacional nas oitavas, mas ficou no caminho ao ser eliminado pelo Boca Juniors.

Mas se o Atlético-MG luta para acabar com esta sina, uma outra persegue o adversário dos dois próximos jogos da Taça Libertadores. O São Paulo, nas últimas cinco eliminações da competição, caiu diante de times brasileiros. Com fama de supersticioso, o técnico Cuca garantiu que não se importa com essas coincidências, nem com a que favorece, ao menos na teoria, o Galo.

- Não tem isso. Agora, é outro time, outra situação, é uma história que vai ser construída a partir de quinta. E não tem nada com o passado, mas sim com o que vai acontecer.

Nesta quinta, no Morumbi, às 20h15m (de Brasília), os dois times começarão a decidir qual dessas "maldições" poderá ser quebrada neste ano. Hora de torcer. E rezar.
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