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Sábado, 03 de agosto de 2024

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Mosley descarta saída de equipes e aponta Ferrari como essencial na F-1

Após a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) anunciar que processaria a Ferrari e a Fota (Associação das Equipes da F-1) por conta do anúncio que as oito escuderias da associação organizariam um campeonato paralelo em 2010, o presidente da federação, Max Mosley, disse não acreditar nessa possibilidade e baixou o tom, apontando a Ferrari e os times tradicionais como essenciais para a categoria.


Ferrari, McLaren, BMW, Brawn GP, Renault, Red Bull, Toro Rosso e Toyota são as equipes dissidentes da FIA, que conta apenas com o apoio de Williams e Force India entre os times atuais, além das novatas Campos, Manor e US F1.

"No fim, existe um compromisso, porque elas não podem deixar de correr na F-1, e ficaríamos muito relutantes em ter o Mundial sem eles", disse Mosley à BBC. "Precisamos de novas equipes para ocupar o espaço, mas os times tradicionais, entre os quais incluo a Ferrari, precisam estar lá, e estarão lá. Será resolvido", assegurou o dirigente.

Segundo Mosley, no entanto, algumas montadoras devem sair de qualquer jeito. "Eles vão encontrar dificuldades em manter as coisas, então perderemos uma ou duas, talvez três, equipes de montadoras", comentou.

"Eu não encaro isso tão seriamente como algumas pessoas porque é tudo questão de posar, e tudo isso vai parar entre o início de 2010 e março, com a primeira corrida, quando tudo estiver certo, com todo mundo correndo", complementou Mosley.

"No fim, as pessoas fazem o que é de seu interesse, e o interesse das equipes é ficar na F-1. E não há um problema fundamental que os impeça. É tudo uma questão de personalidades e poder", resumiu.

Fota x FIA

O presidente da FIA não se considera o maior problema da questão. "O que acontece é que eles [equipes] querem tomar da FIA o comando do esporte, e também querem o dinheiro do Bernie [Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da F-1] para eles", comentou.

"A primeira coisa que eles precisam fazer é se livrar de mim, mas quem me substituísse faria o mesmo. Ele defenderia os interesses da FIA porque o campeonato pertence a ela. Eles [equipes] não estão enfrentando nenhum indivíduo, e sim desafiando o órgão que comanda os esportes a motor, mas eles não terão sucesso", apostou.

"Não quero continuar [na FIA] por muito tempo, mas mesmo que eu queria parar em outubro [data das eleições para presidente da FIA], as equipes estão tornando isto difícil. Tudo que eles estão falando é contraprodutivo. As pessoas na FIA me dizem 'temos todo esse problema, estamos sendo atacados, você precisa ficar'."

"Se estivéssemos em paz e eu dissesse que vou parar em outubro, elas [membros da FIA] não ligariam, e outra pessoa assumiria. Ficaria muito mais fácil para mim deixar o cargo se houvesse paz, porque estou com quase 70 anos", concluiu Mosley, presidente da FIA desde o início da década de 1990.
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