“Somente um administrador com coragem faz isso. E nós estamos fazendo porque não temos ‘rabo preso’ com ninguém. É decisão de governo executar a regularização fundiária de Várzea Grande e vamos levar isso a fundo”. A análise do prefeito Walace Guimarães (PMDB), em tom de desabafo, aconteceu no início da noite desta sexta-feira (10/05), na quadra de esportes da Escola Municipal Professora Lúcia Leite Rodrigues, no bairro Novo Mato Grosso (antigo 13 de Setembro), durante cerimônia de entrega dos primeiros 300 títulos definitivos de posse da terra.

A declaração de Walace foi uma resposta a alguns críticos, principalmente vereadores, que acusaram a administração municipal de estar fazendo ‘apenas faz de conta’ com o cadastramento das áreas que necessitam de titulação definitiva. Ele determinou ao secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Tarciso Bassan, que trabalhe para zerar o problema fundiário da Cidade Industrial.

“Nunca houve esse enfrentamento, porque existem áreas com diversos problemas, desde duplicidade de proprietários até locais de risco, às margens de córregos. É um tarefa hercúlea que nossa administração tem coragem de colocar o dedo na ferida”, afirma Guimarães.

As projeções da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano são de que existem mais de 22 mil lotes aguardando regularização, em Várzea Grande – quase um terço do total existente no município. Somente no bairro Novo Mato Grosso, por onde Walace começou, são quase três mil lotes, sendo 1,85 mil já construídos e com moradores.

“Esperamos essa ação governamental há mais de 20 anos. Houve inúmeras promessas de prefeitos e governadores. E, agora, graças a Deus, está se tornando realidade”, disse o presidente da Associação dos Moradores do Novo Mato Grosso, Marcos Francisco Arruda de Oliveira, ao lembrar que o bairro foi fundado em 1992.

A diretora da Escola Municipal Lúcia Leite Rodrigues, professora Elidi Mattos Sodré, destaca a importância da documentação da área do bairro Novo Mato Grosso. “Com a documentação em ordem, as famílias passam a ter segurança do local onde moram e não pensam mais em sair daqui”, avalia Elidi Sodré.