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Quinta-feira, 08 de agosto de 2024

Notícias | Cidades

Prédio que desabou no RS estava irregular; 13 pessoas permanecem internadas

Treze pessoas permanecem internadas na noite deste domingo depois de sofrerem ferimentos após parte do piso do segundo andar de um prédio ceder durante um baile funk, em Porto Alegre (RS). De acordo com a Secretaria Municipal da Indústria e Comércio, o prédio não possuia alvará para festas desde 1990.


"Pensei que fosse uma bomba. Ouvi um estrondo muito alto e, em seguida, muita poeira. Só depois entendi que o chão tinha desmoronado", afirmou a recreadora Isaura Aparecida Venes, 39, que estava no baile com o marido e o filho, de 15 anos, e não ficou ferida.

Ela disse que sentiu "o chão pular" durante a festa, apesar de o ginásio não estar lotado. Venes afirmou ainda que o local que desmoronou ficava perto do palco e que havia um aglomerado de jovens pulando.

O atendimento aos feridos foi realizado pelas próprias pessoas que estavam no baile, pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e pelo Corpo de Bombeiros. No HPS (Hospital de Pronto-Socorro), 74 pessoas deram entrada com ferimentos --mais da metade adolescentes. Às 23h, cinco permaneciam internadas após passar por cirurgia. Dois deles estão em estado grave, internados na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Segundo o hospital, os outros três estão na sala de recuperação.

Outras 20 pessoas foram levadas ao hospital Cristo Redentor. No horário, oito permaneciam internadas na enfermaria com fraturas e escoriações, mas passavam bem e devem ter alta nesta segunda-feira (22), segundo o hospital. Três pessoas foram socorridas no Hospital São Lucas da PUC-RS e já foram liberadas.

O prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB), foi ao local onde aconteceu o desabamento ontem pela manhã e afirmou que a prefeitura está apurando a questão das licenças e alvarás para o funcionamento do local.

A Polícia Federal vai participar das investigações, já que no piso térreo funciona uma agência dos Correios. O trabalho para descobrir as circunstâncias do acidente será feito pelo IGP (Instituto Geral de Perícias).

A advogada Marilene Vencato, que representa Cristian dos Santos --responsável pelo evento--, afirmou que o ocorrido foi uma "fatalidade" e que seu cliente apenas locou o espaço para realização das festas, que acontecem três vezes por semana desde o início de junho.
"O problema é da estrutura do prédio, e não da organização do evento", disse a advogada.
Ela disse que a capacidade do local é de 1.500 pessoas e que na festa da madrugada de ontem não havia nem 400.

O prédio foi interditado temporariamente pela Secretaria Municipal de Obras e Viação e o proprietário foi notificado para que apresente laudo que ateste que o local possuía condições de receber um grande número de pessoas.

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