Olhar Direto

Sexta-feira, 19 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Intoxicação de crianças por maconha subiu após lei permissiva, diz estudo

Foto: AFP/Alejandro PAGNI

Intoxicação de crianças por maconha subiu após lei permissiva, diz estudo
Segundo um novo estudo, o afrouxamento das leis sobre maconha no estado do Colorado, nos EUA, causou um aumento significativo no número de crianças tratadas contra a ingestão acidental de biscoitos, balas, bolos e bebidas feitas com a droga.


A pesquisa foi publicada na segunda-feira (27) na revista científica “JAMA Pediatrics“.

Os cientistas compararam o número de crianças com menos de 12 anos atendidas no pronto-socorro de um hospital infantil por terem consumido maconha acidentalmente antes e depois da modificação das leis de drogas do estado.

No total, 1.378 pacientes atendidos no período por ingestões não intencionais de produtos diversos– 790 antes de 30 de setembro de 2009 e 588 depois de 1º de outubro de 2009, quando o número de pessoas com autorização para comprar maconha para uso médico aumentou muito.


No caso do primeiro grupo, nenhuma das crianças havia ingerido maconha. No segundo grupo, 14 haviam consumido a droga, oito delas na forma de comida. Problemas respiratórios, sonolência excessiva, dificuldade para andar e letargia estavam entre os sintomas apresentados por elas.

Muitas delas precisaram passar por uma bateria de exames custosos para diagnosticar o problema.

Segundo o cientista que liderou no estudo, George Wan, os produtos comestíveis feitos com maconha têm aparência e sabor parecidos aos dos doces tradicionais, o que aumenta o risco de serem ingeridos pelas crianças. Para ele, à medida que mais estados do país legalizarem a droga, o problema tende a aumentar.

Wang, que é pediatra do Children's Hospital Colorado e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Colorado, afirma que é preciso educar os usuários, a comunidade e os profissionais de saúde sobre os potenciais danos desse tipo de ingestão.

Ele acredita que a melhor solução é obrigar os fabricantes a embalarem esses produtos comestíveis em pacotes mais resistentes, que não possam ser abertos pelas crianças pequenas. A medida já é adotada, por exemplo, em relação à aspirina, o que reduziu em 40% a 95% o número de intoxicações pelo medicamento.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet