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Quinta-feira, 08 de agosto de 2024

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Ricarte de Freitas

Articulista do Olhar Direto teve carreira iniciada na radiofonia

Foto: Jardel Arruda/OD

Articulista do Olhar Direto teve carreira iniciada na radiofonia
Novo articulista do Olhar Direto, o ex-deputado federal e ex-deputado estadual Ricarte de Freitas teve sua carreira política gerada em meio a comentários e análises proferidos em programas de rádio. O cenário era a cidade mato-grossense de Sinop, nos idos anos 80.


Advogado por formação, Ricarte morava no Paraná, onde tinha a Rádio Cultura de Iporã, em sociedade com o sogro. Em 1983 foi para Sinop, com o objetivo de montar uma rádio e voltar. Mas, ele foi ficando, foi envolvendo-se com o cotidiano da cidade e não voltou.

Em uma Sinop ainda pequena e pouco desenvolvida, Ricarte, à frente da Rádio Celeste, fazia seus comentários e suas análises políticas sobre a região. Segundo ele, foi isso que propiciou o seu ingresso na vida política. Não muito tempo depois, em 1986, Ricarte já seria candidato a deputado estadual, mas não foi eleito.

Nas eleições seguintes, em 1990, ele foi eleito como primeiro suplente de deputado estadual, pelo PL, e logo conseguiu uma cadeira na Assembleia, permanecendo durante quase um mandato inteiro. Em 1994 foi reeleito, já pelo PSDB.

No ano de 1998 Ricarte foi eleito a deputado federal, reelegendo-se em 2002. Depois deste, que foi o último mandato, Ricarte resolveu ficar em Brasília e dar mais atenção à família, ao lazer e à descoberta de prazeres como a gastronomia.

Agora, o ex-deputado volta à vida política, mas do outro lado, apenas observando, analisando e escrevendo, com a bagagem de quem tem muita história já fazia todas essas coisas antes mesmo de experimentar o sabor de ser um político.

Ele explica que sua coluna, a ser publicada semanalmente no Olhar Direto, não é um espaço para “bater” e atacar. É uma coluna para falar sobre como as coisas podem nos influenciar, para o bem ou para o mal. Mais análises que críticas.

Ricarte diz que irá analisar “as misturas que se faz e nem sempre dá certo”, relacionando duas de suas paixões, que são a política e a gastronomia.



A Rádio Celeste

Marcante na história de Sinop, a Rádio Celeste foi implantada por Ricarte no ano de 1983. O ex-deputado esteve à frente da Rádio, fazendo seus comentários políticos, até 1991. Depois se afastou da programação, mas continuou administrando a Rádio Celeste até 1996.

A Rádio teve campanhas marcantes para a história do município, das quais a campanha pelo “linhão” pode ser apontada como a mais importante. Foi através dela que a região mobilizou-se para tentar trazer as linhas de energia elétrica para a cidade que, até então, era abastecida por meio de geradores. Essa foi a grande bandeira defendida pela Celeste, e que ganhou a adesão popular. O “linhão” chegou a Sinop e foi um dos principais fatores de desenvolvimento da região norte de Mato Grosso.


Um “causo” que ficou na história

Um dos casos que marcou a história de Ricarte de Freitas como radialista foi a “ressurreição” da primeira-dama de Sinop, na época, Dona Nilza Pepino, esposa do prefeito Ênio Pepino.

Durante programa da Rádio Celeste, Ricarte recebeu informações sobre um acidente envolvendo o casal. Diziam que a primeira-dama não havia resistido, falecendo durante o ocorrido.

Aquela foi a informação do momento. A cidade toda parou para ouvir Ricarte lamentando a morte de Dona Nilza, e pessoas já se aglomeravam em frente à sede da Radio.

Logo, Ricarte recebeu um telefonema dizendo que Dona Nilza não havia morrido, que estava viva, e estava bem. Ricarte teve que pensar rápido em uma solução para o problema. Afinal, a cidade já estava em luto pela primeira-dama.

Com a perspicácia e a capacidade de improvisação que todo bom radialista precisa ter, Ricarte logo anunciou, para toda a cidade ouvir: “Milagre! Milagre! Dona Nilza não morreu! Milagre!”. Ricarte anunciou que a mulher do prefeito havia tido uma parada cardíaca de dez minutos, sendo considerada como morta. Mas que a oração de todo aquele povo havia feito Dona Nilza voltar à vida.

E assim foi feito. Na bagagem, além de incontáveis análises políticas, Ricarte de Freitas também pode dizer que já matou e já ressuscitou uma primeira-dama de Sinop.
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