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Domingo, 19 de maio de 2024

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Praeiro

"O que me indigna é impotência, é não ter mais a quem recorrer", desabafa morador que há meses reclama sobre com falta d'água em Cuiabá

Foto: Arquivo Pessoal

Moradores do bairro Praeiro, em Cuiabá, reclamam que há meses têm problemas com a falta de água em suas residências. Segundo eles, protocolos de reclamação junto à CAB Cuiabá vão se acumulando sem, contudo, que o problema seja resolvido.


O analista de suprimentos Pedro Israel de Abreu Lima é um dos que, do final de Janeiro pra cá, acumula ao menos 5 protocolos da CAB (leia-se anotados, fora os que ele nem chegou a anotar) com relação à reclamação por falta de água.

Distribuição de água em Cuiabá deve ser afetada por greve na CAB

As desculpas são sempre as mesmas: que a bomba estragou, ou que eles ainda vão verificar o problema. “Só que nisso a gente fica dias sem água, não aguentamos mais. O que me irrita é essa sensação de impotência sabe, de não ter a quem recorrer. Esta semana, por exemplo, estamos sem água desde terça-feira (28), hoje já sexta-feira (31) e nada”, desabafa.

Pedro ingressou com uma judicial contra a empresa por Danos Morais e Materiais. Além disso, por meio de tutela antecipada, quer a garantia da obrigação de fazer em caráter emergencial por parte da CAB.

“Os moradores estão cansados. O que dá mais raiva é ver as propagandas dizendo que está tudo bem. Eu, e muitos outros temos crianças em casa. Minha vida virou um inferno. Tenho sair de casa e ir em Várzea Grande na casa do meu irmão tomar banho todos os dias”, diz.

Segundo Pedro, que é morador do Praeiro há 12 anos, a situação do bairro com relação à falta de água se agravou de janeiro pra cá. Revoltados os moradores já pensam em fazer faixas de protesto e distribuir pela cidade.
Greve

E a situação de ainda pode piorar já que na quarta-feira funcionários da CAB Cuiabá, concessionária dos serviços de água e esgoto da Capital, decidiram cruzar os braços em protestos por melhorias salariais e condições de trabalho. Um dos principais motivos da queda de braço entre colaboradores e empresa que resultou na greve é a falta de acordo com ao plano de saúde dos trabalhadores.

A greve pode reduzir até um efetivo mínimo para a operação da concessionária, de 209 colaboradores. Devido a essa redução de pessoal, esta paralização deve impactar ainda mais na qualidade do serviço de distribuição de águas para vários bairros da cidade que já sofrem problemas de saneamento básico.

O movimento de greve foi decidido após a realização de sete assembléias gerais só no mês de maio, em que os funcionários debateram repetidas vezes a proposta de acordo coletiva apresentada pela CAB para os anos de 2013/2014.

Os trabalhadores pedem um reajuste salarial de 12% e a expansão do plano de saúde aos dependentes dos funcionários. Além disso, eles também querem que a empresa pague 100% do plano, já que hoje 10% fica por conta do empregado.

A CAB, por sua vez, apresentou uma proposta reposição de perdas e ganhos salariais com aplicação do IPCA acumulado de 7,40%, para salários até cinco mil reais, e 6,40% para os salários acima de cinco mil.

Conforme liminar obtida pela CAB Cuiabá na Justiça do Trabalho no dia 22 de maio e firmada em audiência, devem ser mantidos 60% dos empregados nas atividades chamadas de “ponto de crise”, como os serviços de tratamento e distribuição de água e 30% do efetivo para as atividades chamadas de “processo chave”, como atendimento ao público, faturamento, leitura e arrecadação.
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