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Domingo, 19 de maio de 2024

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FARADAMENTO DA PM

Depois de críticas, governo tenta explicar importância e justificar custo de nova farda

Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

“Toda a padronização do uniforme segue os critérios especificados no decreto, que abrange as 72 composições  e as unidades policiais, inclusive as especializadas”.

“Toda a padronização do uniforme segue os critérios especificados no decreto, que abrange as 72 composições e as unidades policiais, inclusive as especializadas”.

A pressão dos deputados estaduais e a contestação da sociedade quanto aos investimentos no novo fardamento da Polícia Militar de Mato Grosso provocou reação imediata do Palácio Paiaguás. A produção de um material didático pela Secretaria de Comunicação do Estado, para colocar na mídia, foi a primeira providência, deixando claro que foram investidos R$ 5 milhões, sendo metade no novo uniforme e R$ 2,5 milhões para recomposição do fardamento.


Rabello acredita em jogo de interesses em aquisição de fardamento de R$ 11 milhões

“É um absurdo o que estão fazendo. Melhor seria investir R$ 11 milhões em treinamento e equipamentos”, questionara o deputado Walter Rabello Júnior (PSD), na tribuna da Assembleia, nesta semana.

“Do caqui para azul petróleo. Do azul petróleo para cinza bandeirante. Essa é a evolução da cor do uniforme da Polícia Militar. Evolução que vai além da simples escolha de uma cor para padronizar a tropa”, esclarece o material produzido pela Secom. Era uma promessa da campanha de 2010 para a reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB).

Na explicação, segundo a assessoria, foi feito um estudo cronológico da história e simbologia da Polícia Militar de Mato Grosso junto àqueles que lidam, cotidianamente, nos 141 municípios de Mato Grosso, em prol da segurança pública.

“Esse processo de mudança do novo uniforme da Polícia Militar teve início em 2010. Desde então, uma comissão, composta por policiais oficiais das áreas de marketing, logística, financeira, pessoal e academia militar, começou um estudo para a escolha da melhor reformulação”, argumenta a PM, via assessoria.

“A proposta era buscar um material que fosse confortável, compatível com as condições climáticas e territoriais, sem perder a originalidade da instituição”, emenda.

Pesquisa histórica revela que a a Polícia Militar, segundo assessoria, nos anos 20, tinha uniforme similar ao do Exército Brasileiro. Na década de 30, surge o primeiro regulamento padronizando essas forças com a utilização de um uniforme, na cor “caqui”. As insígnias, que identificavam as patentes militares, eram simbolizadas por laços húngaros.

Na sequância, conforme o material, ao longo de 30 anos, a Polícia Militar de Mato Grosso permaneceu com esse uniforme. A partir da década de 60, a instituição adota uma nova cor para padronizar a tropa – o azul petróleo, popularmente conhecido como “azulão”, com suas insígnias simbolizadas por estrelas. Foram quase 40 anos até optarem pelo “cinza bandeirante”.

A comissão justifica que, para que atual mudança pudesse ser adotada sem comprometer o orçamento da instituição, foram analisados os dados macro-sociais, econômicos e culturais do Estado e da própria instituição. Com esse estudo foi verificado que o “cinza bandeirante” provocaria menor impacto visual, por ser a cor mais próxima do azul utilizado pela tropa na farda “passeio”.

Nova farda

No material da Secom vem explicado que a troca do fardamento da instituição visa proporcionar mais conforto e harmonia ao cotidiano do policial. A entrega foi iniciada em maio e segue até 28 de junho deste ano.

“Todo efetivo da PM, cerca de sete mil policiais, receberá dois conjuntos operacionais, composto por gandola, calça, camiseta, cinto, cobertura (gorro) e coturno”, consta o texto.

Para esse processo de reformulação do uniforme institucional da PM, o Governo do Estado investiu cerca de R$ 5 milhões, sendo R$ 2,5 milhões usados para aquisição do novo uniforme e outra metade para recomposição das fardas das demais unidades especializadas e apetrechos (capas e placas para coletes balísticos) para toda a tropa.

As aquisições feitas diretamente por policiais deverão ser realizadas somente em locais credenciados, com uso de um sistema biométrico de identificação, o que evitará a comercialização irregular e possíveis fraudes.

O comandante geral da PM, coronel Nerci Adriano Denardi, justifica que “toda a padronização do uniforme segue os critérios especificados no decreto nº 1.400/2012, que abrange as 72 composições de uniformes de todas as unidades policiais, inclusive as especializadas”.


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