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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Cientistas usam luz para induzir comportamento de TOC em ratos

Cientistas usaram uma técnica que emprega luz de fibra ótica, a optogenética, para manipular sinais elétricos e bioquímicos no cérebro de ratos com o objetivo de estudar o transtorno obssessivo-compulsivo (TOC). Eles relataram ter conseguido...

Cientistas usaram uma técnica que emprega luz de fibra ótica, a optogenética, para manipular sinais elétricos e bioquímicos no cérebro de ratos com o objetivo de estudar o transtorno obssessivo-compulsivo (TOC). Eles relataram ter conseguido induzir e bloquear o comportamento de TOC nos animais utilizando essa técnica, e detalharam os resultados em duas pesquisas publicadas na edição da prestigiada revista "Science" desta semana.


Susanne Ahmari, professora de psiquiatria da Universidade Columbia e co-autora de um dos estudos, contou com sua equipe para implantar eletrodos que emitem luz (chamados pelos cientistas de opto-eletrodos) no cérebro dos ratos. Eles foram usados para estimular neurônios de duas regiões cerebrais dos animais conhecidas por estarem associadas, em humanos, com o TOC.

Estímulos repetitivos com luz optogenética nestas regiões cerebrais foram capazes, no decorrer de alguns dias, de induzir nos animais comportamentos identificados com o TOC, como o alisamento constante dos pelos da cabeça, de acordo com o cientistas.

O alisamento obssessivo persistiu nos ratos por até duas semanas depois dos estímulos optogenéticos, dizem os cientistas. Após seis dias de emprego da técnica no cérebro dos animais, cinco minutos por dia, o TOC não precisava mais de um "gatilho" para ser criado e aparecia espontaneamente, segundo os pesquisadores.

Para parar o comportamento, a fluoxetina funcionou corretamente, afirmam os cientistas. O remédio é utilizado para conter o transtorno obssessivo-compulsivo em humanos.

Em outro estudo, realizado por pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), foi usada a optogenética para inibir comportamentos compulsivos em ratos. Os animais tiveram o DNA modificado para manifestarem atividades consideradas como TOC, como o alisamento de pelos da cabeça.

As pesquisas sugerem que o TOC pode ser causado por atividade neurológica anormal. Os cientistas avaliam que o uso da optogenética no estudo pode contribuir, no futuro, para a criação de tratamentos para as desordens caracterizadas por comportamentos repetitivos.
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