“Mato Grosso poderá ser o primeiro a provar que as OSS [Organizações Sociais de Saúde] não servem”, prevê o professor da Universidade de Massachusetts, dos Estados Unidos, Carlos Eduardo Siqueira, durante entrevista coletiva nesta terça-feira (11).

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O docente foi enfático ao dizer que a gestão da saúde pública nas mãos das OSS não funciona. Como prova disso está “o significativo movimento contra o modelo de gestão iniciado no Estado que deixa claro que ela é cara, tona os o trabalho dos servidores públicos precários”, assegurou o Carlos Eduardo.

O professor ainda frisou que as OSS, selecionam as doenças e o tipo de paciente que iram atender. Para ele, “as gestoras não deveriam se chamar Organizações Sociais de Saúde, pois não têm nada de ‘sociais’, ela na verdade discrimina”.

Carlos Eduardo continuou a crítica assegurando que “as OSS irão indiretamente levar a derrota do SUS [Sistema Único de Saúde], ela é um verdadeiro cavalo de Tróia para destruir esse sistema que na prática em Mato Grosso está mostrando que não funcionam”, concluiu o pedagogo.

O movimento pelo qual o professor se refere, iniciou em 2011 com a transferência da gestão das unidades de saúde para as OSS. Desde então, a luta encabeçada por um em Defesa da Saúde Pública já conseguiu a revogação das Leis Complementares que eram favoráveis às OSS fossem derrubadas no Conselho Estadual de Saúde (CES). Porém, a decisão do Conselho ainda não foi homologada pelo governador Silval Barbosa.

Outro encaminhamento relevante está à coleta de mais de 36 mil assinaturas fundamentais para que o proposta de Lei de Iniciativa Popular entrasse na pauta de votação da Assembleia Legislativa.