A conservação do tubarão-baleia que encalhou na praia de Perequê, em Porto Belo, Litoral Norte de Santa Catarina, custará até 65 mil. A informação é do professor Jules Soto, curador do Museu Oceanográfico da Univali, onde o peixe ficará exposto para visitação. A estimativa é que isso ocorra até o fim deste ano. O animal completará a coleção de 87 tubarões do espaço, que reúne espécies habitantes da costa brasileira.

Até a tarde desta quinta-feira (12), foram investidos cerca de R$ 35 mil nos procedimentos de conservação, incluindo piscina, produtos químicos e equipamentos gerais. Segundo Soto, a operação demanda outros materiais. "Precisaremos de mais produtos químicos, motor, filtros, encanamentos e estrutura em alvenaria", afirmou.

Além dos projetos de pesquisa do Museu, a operação é financiada por uma parceria entre as prefeituras de Porto Belo e de Balneário Piçarras, do Instituto Cultural Soto Delatorre e da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM). "Santa Catarina terá o maior animal conservado inteiro em todo o mundo e justamente o maior peixe do planeta", comemora Soto.

Para o professor, é importante ter um animal como este no Museu. "Tem um efeito educacional, turístico e financeiro. O tubarão-baleia passará a ser a Monalisa de nosso museu", brincou ele. Na terça-feira (11), as vísceras do animal foram retiradas pela equipe de biólogos e parte do material será usada para pesquisas. O peixe permanece imerso em uma piscina com 35 mil litros de formol para estancar o processo de decomposição.

O tubarão-baleia retirado morto da praia de Perequê, em Porto Belo, na tarde de domingo (9), a partir de um trabalho conjunto entre agentes da Prefeitura, Corpo de Bombeiros e representantes do Museu. O animal foi encontrado ainda com vida horas antes por pescadores. A hipótese é de que tenha se machucado após ter ficado preso em uma rede de pesca feita de náilon na última terça-feira (4).