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Domingo, 21 de julho de 2024

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"Nova Itália" domina bola e acaba com era de zagueiros-estrelas

Esqueça Fabio Cannavaro, Paolo Maldini e Franco Baresi. Por muito tempo, a Itália esteve marcada pelo talento de seus zagueiros em equipes que defendiam muito bem e saíam rapidamente no contra-ataque. A seleção atual tem como estrelas jogadores mais ofensivos: o atacante Mario Balotelli e os meio-campistas Claudio Marchisio e Andrea Pirlo – além do goleiro e capitão Gianluigi Buffon. A mudança no estilo de jogo implementada pelo técnico Cesare Prandelli foi decisiva para o novo cenário.


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“Jogar com a bola por baixo e baseado nos movimentos dos nossos meio-campistas – este era o objetivo no início desta aventura, obviamente ligado ao fato de que temos jogadores de ótima qualidade, sobretudo no meio-campo”, afirma Prandelli.

Ele assumiu o comando da seleção em 2010 e desde então a renovou bastante: apenas dez jogadores convocados para a Copa das Confederações do Brasil estiveram no Mundial da África do Sul. A nova lista reflete a média de idade mais baixa – oito atletas em 2010 tinham mais de 30 anos, contra três do atual elenco, vice-campeão europeu em 2012 – e a falta de nomes consagrados na zaga.

“Não me posso comparar a esses nomes”, admite Andrea Barzagli, titular da Itália, ao ser questionado sobre a história construída por Cannavaro, Maldini e Baresi. Barzagli e mais dois de seus companheiros da Juventus (Giorgio Chiellini e Leonardo Bonucci) são os principais zagueiros chamados por Prandelli. Davide Astori, do Cagliari, é a outra opção para o setor.

“Não creio que seja tão ofensiva assim. Também defende muito bem”, analisa o técnico do México, José Manuel de la Torre, o primeiro a desafiar a Itália na Copa das Confederações. A partida será disputada a partir das 16h (de Brasília) deste domingo, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.

Prandelli prevê uma “disputa interessante” nesse encontro – “sobretudo no centro do campo”. “Sabemos que trabalho com a bola do México começa no meio-campo, que tem quatro jogadores que atacam em profundidade. A equipe tem um grande equilíbrio tático e todos trabalham na marcação. Então será uma partida interessante porque também nós queremos ter o predomínio territorial”, diz.

É esta busca incessante pelo “predomínio territorial” que diferencia a Itália daquela que apostava nos erros do adversário, como fez a de Baresi em 1982, ao eliminar o Brasil e rumar para o título mundial na Espanha.

“Gosto desta Itália porque não é aquela que joga sempre no contra-ataque, mas tem a posse de bola e procura jogar”, opina Júnior, lateral esquerdo daquele time dirigido por Telê Santana. O ex-jogador, que atuou no Torino de 1984 a 1987 e o Pescara de 1987 a 1989, esteve no hotel da seleção italiana no Rio de Janeiro na última sexta-feira, conversando com Prandelli. Mas qual seleção azzurra é melhor, Júnior: aquela ou a atual? “Seguramente a de 1982, que venceu”, analisa o brasileiro.
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