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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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Caso IFMT

Advogado afirma que vigilantes atiraram contra criança de 11 anos em “legítima defesa”

Foto: Max Aguiar - OD

Advogado afirma que vigilantes atiraram contra criança de 11 anos em “legítima defesa”
“Os vigilantes ficaram receosos e tiveram essa atitude de reação. Foi um ato de legítima defesa. Eles acharam que, assim como em outros casos, seria bandido querendo roubar arma e o patrimônio”, afirmou o advogado da empresa Segvel Segurança, Neyman Monteiro, ao justificar o tiro que atingiu o menor Vitor de Paula, 11, na noite de ontem (17) dentro do campus do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT).


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Segundo o Boletim de Ocorrência, os vigias teriam disparado um tiro de advertência para assustar as crianças que estariam jogando pedras, mas os "ataques", segundo o relato dos vigias, teriam continuado. “Por ser um local escuro e como os primeiros tiros, sendo um de cada revólver, não valeram, porque os ataques continuaram, eles atiraram mais uma vez, mas para baixo, suspeitando que tinha alguém querendo entrar para roubar arma. Mas quando os barulhos pararam e eles ouviram gritos, se depararam com uma criança caída ao solo sangrando”, relatou o advogado Neyman.

Segundo a diretora do Campus Bela Vista, Suzana Aparecida da Silva, isso nunca aconteceu no local e o que mais importa neste momento é a saúde da criança . “Não queremos saber de que forma e por qual motivo os vigias agiram assim. O que importa é a saúde da criança. O que for necessário, nós iremos contribuir pra ajudar”, disse a diretora.

A criança está internada no Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC) desde a noite de ontem, onde passou por uma cirurgia, porque a bala perfurou o estomago da criança causando uma hemorragia. O projétil também perfurou o pulmão e antes de sair passou de raspão em um dos rins.

As três crianças, sendo dois irmãos, estavam voltando da escola no início da noite acompanhados da mãe. O pai de Vitor, Erley Pereira da Silva, resumiu como despreparo o ato dos vigilantes. “Eles não jogaram pedra coisa nenhuma. A mãe deles me contou que eles estavam apenas chutando uma garrafa de plástico quando começou os tiros e meu filho caiu. É um absurdo, homens despreparados com uma arma na mão”, asseverou Erley.

Jeanderson Rodrigues Marinho, 23, e Fagner de Jesus Lucindo, 28, já estão presos na Penitenciária Central do Estado, onde ficarão detidos em regime fechado pelo crime de tentativa de homicídio. A criança deve ser transferida de hospital ainda na tarde de hoje. Nesse momento ela está sob observação médica na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Pronto Socorro de Cuiabá.
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