A oposição boicotou a primeira reunião para tentar chegar a um acordo que possibilite a votação da reforma tributária ainda antes do recesso, que começa no dia 18 de julho. O principal objetivo do encontro era discutir a proposta com os líderes da oposição, contrários ao projeto apresentado pelo governo.

Além do líder do governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS), foram à reunião o presidente da comissão especial que discute o assunto, deputado Antonio Palocci (PT-SP), o relator da proposta, deputado Sandro Mabel (PR-GO), os deputados Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) e Colbert Martins (PMDB-BA) e o secretário de Reforma Econômico Fiscal do Ministério da Fazenda, Bernard Appy.

Monstrengo

Na semana passada, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), deu uma mostra do que pensa a oposição sobre a reforma tributária. "O ministro [Guido Mantega (Fazenda)] conhece minha posição. É um projeto ruim porque aumenta carga tributária, aumenta a guerra fiscal, cria mais nós tributários. Piora tudo o que está aí", disse ele.

O governador também classificou a proposta de "monstrengo". "O projeto de reforma tributária é um monstrengo." Uma semana antes, ele já havia chamado a proposta de "Frankenstein": "Esse projeto que tem lá é um horror [...] Deixa um Frankenstein no chinelo."