O estado de saúde do estudante Vitor de Paula Silva, 11, que levou um tiro no abdômen nas imediações do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) na última segunda-feira (17), ainda é considerado delicado. A criança foi submetida a uma ressonância magnética no pulmão para saber o ponto exato da hemorragia.
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O tiro partiu da arma de fogo que estavam com os vigilantes, que suspeitaram de algum ladrão querer entrar no recinto do instituto para roubar armas e a instituição, e a reação acabou acertando a criança que passava pelo local e, segundo a empresa de vigilância, estava jogando pedras e quebrando vidros em uma guarita desativada.
O pai de Vitor, Erlei Pereira da Silva, 36, contou ao Olhar Direto que até agora a família não recebeu nenhum apoio da empresa Segvel, que trabalhavam os seguranças Fagner de Jesus Lucindo, 28, e Jeanderson Rodrigues Marinho, 22, autores dos quatro tiros disparados contra o estudante e outras duas crianças.
A criança foi levada para o Pronto Socorro de Cuiabá após o acontecido e no dia seguinte a tentativa de homicídio, graças ao IFMT, foi transferido para um hospital particular da capital, salientou o pai da criança. “Meu filho está melhor ainda, falando em questão de hospital, porque o instituto ajudou, mas a empresa ainda não colaborou com nada”, salientou o pai da criança.
Erlei disse que no momento a prioridade é a recuperação da criança, que está em observação, mas tem um quadro delicado, principalmente por conta do corte no estomago, causado pelo projétil, mas que após a saída do menino, ele irá acionar a Justiça. “Vou só esperar o Vitor melhorar pra eu buscar que quem cometeu isso seja punido severamente. Dar armas para pessoas despreparadas, é inadmissível”, disse.
O inquérito para apurar a tentativa de homicídio será realizado pela Delegacia do Carumbé. Os vigilantes estão presos na Penitenciária Central do Estado.