Apesar do agronegócio no Brasil responder hoje por um terço do PIB nacional e representar 40% dos postos de trabalho, o setor vive em constante crise devido ás deficiências em toda cadeia logística. Os problemas na infraestrutura portuária, ferroviária, rodoviária e hidroviária, são obstáculos que prejudicam o escoamento da produção brasileira.
Os últimos dados da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) revelam que anualmente a perda do produtor na logística de transporte representa R$ 6 bilhões. Ao todo são 2,6 toneladas perdidas no trajeto entre o plantio e a entrega do produto final nos portos.
Além de tudo isso existe entraves para implementação de políticas mais eficazes e concretas para o desenvolvimento do setor. Acrescente-se ainda a burocracia e a escassez de verba, acentuada devido à crise financeira, deixando o panorama ainda mais lento.
Para tentar reverter esse cenário a Frente Parlamentar de Logística de Transportes e Armazenagem (Frenlog), com a adesão de 307 deputados e 25 senadores, foi instalada na Câmara Federal do mês de maio. O objetivo é fazer uma agenda legislativa identificar e definir as prioridades do setor e planejar as atividades para que ações efetivas comecem a ser concretizadas.“Trabalho não vai faltar, pois queremos ser um facilitador desse processo de federalização nas questões de logística para o país e Mato Grosso”, finaliza Homero.
“Um segmento tão estratégico para o desenvolvimento do país não pode continuar como está. É preciso mais seriedade e mais comprometimento de todos os atores dessa engrenagem. E a Frenlog terá a missão de aglutinar as forças e desatar os nós”, revela o criador e presidente da frente, o deputado republicano, Homero Pereira.
A primeira ação já foi concretizada. Um Projeto de Lei (PL) que tramitava há 12 anos na Câmara foi aprovado esse mês. O PL determina que motoristas de caminhão ou ônibus estão proibidos de dirigir em rodovias por mais de quatro horas ininterruptas. “Este é o primeiro projeto que entrou na pauta do Congresso devido à articulação da Frenlog. Agora faremos uma ação junto ao governo federal, para que a proposição seja sancionada sem vetos presidenciais”, declara Homero.
