A série de vitórias da Seleção Brasileira no começo da Liga Mundial pode ter provocado um efeito negativo no renovado elenco. Após perder a invencibilidade diante da França neste sábado, em São Paulo, o técnico Bernardinho pediu que seus jogadores aproveitam a folga para refletir.

"Talvez (tenha havido) uma acomodação mental. Ainda não conheço alguns jogadores do ponto de vista pessoal. Não tem ninguém arrogante, são todos muito corretos. Mas ter vencido quatro jogos fora e tudo o que se lê nessa situação pode ter levado a uma autossuficiência. Daí para a insegurança, o limiar é tênue", apontou.

Na condição de visitante, a Seleção Brasileira passou por Polônia e Argentina. Diante da França, apesar do apoio da torcida no Ginásio do Ibirapuera, o time de Bernardinho penou para vencer o primeiro jogo em cinco sets e no segundo encontro caiu por 3 a 1.

"No final da partida, convidei os jogadores a uma reflexão. Que nesse um dia e meio de folga que eles têm antes de retomar os trabalhos na segunda-feira reflitam sobre o que passaram, sobre como jogaram e sobre o por quê das coisas. Que possam achar respostas e encontrar caminhos", pediu o treinador.

Depois de sofrer o primeiro revés na Liga Mundial, a Seleção terá chance de tentar a reabilitação diante de sua torcida. Nos próximos dias 5 e 6 de julho, na capital federal, o time nacional encara a Bulgária em uma série valorizada pelo exigente técnico Bernardinho.

"Ainda dependemos de nós (para avançar à fase final). A pressão vai ser grande, é um belo teste para a Seleção, contra grandes adversários. Se formos merecedores, vamos passar. Quero ver como os jogadores resistem à pressão de ter que ganhar em casa de um adversário direto", disse Bernardinho, que já pensa nos búlgaros.

"Eles têm um dos maiores atacantes da Liga Mundial, o Sokolov. Taticamente, vêm atuando melhor. Cresceram na Liga Mundial-2012, fizeram uma boa Olimpíada e estão com boa campanha agora. A Bulgária tem um jogo muito mais físico do que técnico. Precisamos diminuir os erros e trabalhar a bola para induzi-los aos erros", explicou.