Depois de presenciar o sucesso da seleção brasileira na Copa das Confederações, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, pretende ver o futebol feminino do país ganhar mais apoio e, quem sabe, alcançar o mesmo patamar. Durante coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira, no Rio de Janeiro, ele aproveitou a presença de José Maria Marin, mandatário da CBF, para cobrar uma maior atenção com a categoria.

- No futuro devemos nos dedicar mais ao futebol feminino. Seria importante ver uma liga feminina. Seria um desejo por minha parte. Sinto-me otimista.

Logo após a declaração de Joseph Blatter, o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, disse que já existe uma conversa sobre o assunto com a CBF e que se procura um caminho para valorizar o futebol feminino.

- Na última vez que estive na sede da Fifa, conversei sobre o assunto e agradeço ao presidente que tenha guardado sua preocupação. Temos tratado disso junto com a CBF e estamos encontrando um caminho para valorizar o futebol feminino. A maioria dessas meninas que aparecem é de origem humilde. Por isso, precisamos manter essa esperança.

Além do futebol feminino, Aldo Rebelo espera que a entidade aproveite esse período de Copa das Confederações e Copa do Mundo para criar mecanismos que ajudem os clubes brasileiros.

- É necessário criar um legado no futebol, não só apenas com estádios, mas que valorize a infraestrutura do futebol dos clubes dos grandes e pequenos. Para que nossas crianças tenham uma opção de valorização social. Não somos um país pronto, mas em formação. Ainda somos desiguais e vamos nos esforçamos para oferecer o que melhor temos para desenvolver o pais.

Maior jogadora brasileira da história, Marta sempre reclamou da falta de apoio ao futebol feminino no Brasil. Além disso, ainda existe um preconceito no país com as meninas que decidem começar a carreira, diferentemente de outros países. A Liga Sueca, por exemplo, existe desde 1988 e o esporte é muito valorizado por lá, assim como nos Estados Unidos, Canadá e Japão.