O secretário-adjunto de Saúde de Cuiabá, Elze Carvalho, reclamou da dificuldade que o município tem em encaminhar pacientes ao Hospital Metropolitano de Mato Grosso. Segundo ele, “o hospital escolhe qual paciente irá atender”. Medida que contribuiu para o crescimento da lista de espera no pronto-socorro de Cuiabá.
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“Não conseguimos transferir pacientes para o Metropolitano, eles escolhem os pacientes que vai para lá. Muitos ficam com sequela porque passou do tempo da cirurgia”, lamentou o secretario durante audiência pública realizada nesta semana na Câmara Municipal de Cuiabá.
Os debates giraram em torno da revogação da lei de número 5.500/2011 que permite o gerenciamento das unidades de saúde por Organizações Sociais (OSS). O hospital possui uma área total de mais de 5 mil m², com 62 leitos, equipada com quatro consultórios, quatro salas de cirurgia, leitos de recuperação anestésica, duas salas de endoscopia, 10 leitos de UTI e ampla recepção. No entanto, atua com as portas fechadas.
A declaração do secretário-adjunto chamou a atenção do vereador Wilson Kero Kero (PRP). “O que o senhor secretário, acabou de afirmar é crime. Como pode uma instituição receber voluptuosos recursos e escolher quais pacientes irão atender?” questionou o parlamentar.
Pedro Maggi Carlesso, coordenador da Central Estudantil da UFMT, também subiu a tribuna para recordar que na época da inauguração do hospital metropolitano a instituição que assumiu a gerencia da unidade firmou contrato com o governo no valor de R$ 3 milhões enquanto o pronto-socorro de Cuiabá, que é portas abertas, recebe cerca de R$ 1 milhão para manter a sua estrutura.
Outro lado
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Saúde do Estado (SES) declarou que não irá entrar no mérito da discussão. Porém, o Hospital Metropolitano é portas fechadas e todos os pacientes são encaminhados via Central de Regulação que funciona junto à gestão Municipal.
