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Disputa por vagas de MT na Câmara dos Deputados tende a ser menos difícil que para Assembleia

21 Jul 2013 - 12:55

Da Redação - Ronaldo Pacheco e Jardel P. Arruda

Foto: Max Aguiar / Olhar Direto

Júlio Campos não vai disputar eleições e, em 2014, vai

Júlio Campos não vai disputar eleições e, em 2014, vai

Contrariando a média das últimas nove eleições pós divisão de Mato Grosso (1977-79), sempre inferior a 40%. a renovação da bancada do Estado na Câmara dos Deputados, em 2014, deve ultrapassar dois terços (66%). E, por conta disso, estatisticamente, a eleição de deputado federal deve ser menos difícil do que a busca por uma cadeira na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.


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Dos oito deputados federais que representam de Mato Grosso, quatro devem buscar a reeleição. É certo que não disputarão um novo mandato à Câmara: Júlio Campos (DEM), aposentado; Homero Pereira (PSD), em tratamento de saúde; e Pedro Henry Neto (PP), cassado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por conta do escândalo do mensalão. E está praticamente certo que o deputado federal Wellington Fagundes, presidente da Executiva do PR e o mais votado de 2010 – com 145,4 mil votos, seja candidato ao Senado da República, em 2014. 

Todavia, Fagundes depende de uma definição do senador Blairo Maggi (PR), que ainda pode ser postulante ao Palácio Paiaguás, apesar de ter anunciado sua desistência, em 29 de maio, quando completou 52 anos de idade. Se Maggi for candidato, a tendência é de que Wellington seja candidato à reeleição e, na busca pelo sétimo mandato consecutivo, estaria entre os favoritos.

A única vaga ao Senado também é pretendida pelo deputado federal Valtenir Pereira, presidente estadual do PSB, insuflado pela cúpula socialista que busca um palanque forte para o presidenciável Eduardo Campos. Em nome do “projeto nacional”, Valtenir pode até mesmo ser candidato a governador de Mato Grosso ou vice-governador, para garantir que Eduardo Campos tenha vez e voz no pleito.

O Departamento Intersindical de Assessoramento Parlamentar (Diap), um dos mais respeitados órgãos de avaliação parlamentar, aponta que o detentor de mandato possui melhores condições para se reeleger, já que a disputa sempre é desigual contra quem está fora do mandato.

Os novos momes


Fora dos oitos que já representam o Estado, há nomes que despontam com força para buscar uma vaga à Câmara dos Deputados. No PT, existem dois nomes: o secretário de Estado de Educação, Ságuas Moraes; e o ex-deputado federal Carlos Abilcalil. “Mas imagino que Abicalil tente uma vaga na Assembleia legislativa”, avaliou o cientista político Jeverson Missias.

No PMDB, aparecem os nomes dos secretários Alan Zanata, de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme); e José Lacerda Filho, de Meio Ambiente (Sema). O primeiro tende a ser o candidato com maior penetração eleitoral em Várzea Grande, onde provavelmente contará com o apoio do prefeito e correligionário Wallace Guimarães.

No PSD, além do candidato a reeleição Eliene Lima, também é candidato o empresário Roberto Dorner. “Entretanto, os candidatos desse partido devem ter mais dificuldades sem ter um José Riva para ficarem colados”, afirmou Missias.

Outro partido que deverá ter dificuldades é o PP, cujo principal nome à Câmara é o deputado estadual Ezequiel Ângelo Fonseca, presidente da Executiva Estadual, tendo como coadjuvante o advogado Renancildo Soares França, o popular “Cotia”, há décadas assessor do deputado federal Pedro Henry. “O PSD desidratou o PP, que perdeu muito com a cassação do Pedro Henry”, avaliou Jeverson.

Já no PSDB, além de Nilson Leitão, estão no páreo o vice-prefeito Rogério Salles, de Rondonópolis, que já foi governador de Mato Grosso; e o empresário Carlos Roberto Garcia, o ‘Catonho’, filho do ex-governador Garcia Neto. Contudo, Leitão também é cotado para uma eventual candidatura ao Senado e Rogério Salles poderia optar por tentar um trio com Wilson Santos e Guilherme Maluf na disputa por vagas na Assembleia Legislativa.

Enquanto isso, no PSB, caso Valternir não seja candidato, o favorito é o empresário Mauro Carvalho, considerado ‘queridinho’ do prefeito Mauro Mendes (PSB), de Cuiabá. “O Valtenir está tentando ser candidato ao Senado, mas tende a recuar”.

Quem, no entanto, deve chegar forte na disputa é o ex-secretário e ex-diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot, ‘fiel escudeiro’ de Blairo Maggi (PR), que se filiou recentemente ao PTB. Todavia, não seria surpresa se sair candidato a governador para ancorar uma terceira via. “É um nome muito forte. Ele trabalha muito bem, tem muito trabalho prestado em Mato Grosso”, sustentou Missias.

No DEM, o principal nome irá "pendurar das chuteiras", e 2014: ex-governador, senador e deputado federal Júlio Campos se diz cansado e não irá mais disputar nenhum mandato eletivo. Após a perda da aposta Isabel Coelho Pinto de Campos, sua principal incentivadora, ele se diz "adoentado" e assegura que irá dedicar seu tempo que lhe resta de vida.

Também deve influencia no pleito a Lei Complementar 135/10 (Lei da Ficha Limpa). “Ainda que sejam as mesmas pessoas, elas terão de agir de maneira diferente em relação à transparência, à fiscalização. A Ficha Limpa teve um papel estratégico nessa mudança cultural, de modo que o próximo Congresso seguramente será melhor do que o atual”, prevê o cientista político Jeverson Missias, há 30 anos atuando em campanhas eleitorais em Mato Grosso.

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