Valdivia ficou 114 dias sem jogar neste ano, mas, após disputar três partidas neste mês de julho, já fez piada com os problemas físicos recentes. No rachão desta sexta-feira na Academia de Futebol, o chileno caiu no gramado passando a mão na canela direita, com expressão de dor; enquanto os companheiros se aproximavam, preocupados, ele se levantou, dominou a bola e fez um gol.
Os jogadores festejaram intensamente com o chileno, que gargalhava da artimanha e despertava sorriso até na outra equipe. O mesmo ocorreu com Gilson Kleina durante entrevista, após o treino. "Terminou no gol dele. Foi muito inteligente. Usou o atendimento para ninguém marcá-lo", lembrou.
Até mesmo o temor anterior por contusões do camisa 10 sumiu. Após três partidas seguidas, sendo que atuou durante os 90 minutos da vitória sobre o Figueirense, o técnico não desconfiou que o chileno teria levado a pior após receber entrada de Eguren - o próprio uruguaio percebeu o "migué" do meiao-campista. "Quando vi que o Sebastián chegou e pôs a mão na cabeça, já não fiquei receoso."
Antes problema recorrente, Valdivia, agora, é considerado um exemplo do Palmeiras que chegou à liderança da Série B do Brasileiro depois de uma sequência de quatro vitórias. "Fico feliz porque o grupo transcende com ele. Que possam levar essa alegria ao jogo. É um retrato da fase muito bacana que passamos", apontou Kleina, animado.
"Hoje é fácil falar no Valdivia por tudo que está acontecendo. É um cara alegre, de grupo, nunca o vi sem conversar com outra pessoa. Teve um momento de dificuldade, ficava triste com a situação, e agora está participativo, mais leve. Dá para ver em seu semblante que faz o que adora e mais sabe: jogar futebol", prosseguiu o treinador.